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Se o alcoolismo é perigoso para a saúde, parar de beber de repente também é

Apesar de o consumo de bebidas alcoólicas ter sido associado, ao longo do tempo, com a sensação de alegria, um dos seus principais malefícios está justamente no aumento das taxas de cortisol, o chamado “hormônio do estresse”. Mas uma retirada brusca das bebidas na rotina de um alcoólatra pode causar um prejuízo ainda maior ao cérebro, conforme afirma uma pesquisa de instituições inglesas e americanas.

Altas concentrações de cortisol são devidas (entre outros motivos) à neurotoxicidade, uma condição que prejudica a memória, tomada de decisões, atenção e aprendizagem. Beber moderadamente não causa a neurotoxicidade: é preciso ser alcoólatra para chegar a esse ponto.

Estudos anteriores já haviam mostrado que bebedores em recuperação, durante o período de abstinência, apresentam taxas de cortisol ainda mais altas do que aqueles que ainda bebem. Esse índice está relacionado a disfunções mentais que atacam ex-alcoólatras, às vezes vários anos após largarem a bebida. Quando o consumo de álcool é interrompido abruptamente, os níveis de produção de cortisol não se alteram, multiplicando o efeito avassalador que ele causa no cérebro, em excesso.

Assim, os médicos dão o seguinte conselho. Da mesma maneira que um alcoólatra não começou a beber demasiadamente do dia para a noite, e sim foi aumentando a quantidade gradualmente, o abandono à bebida deve também ser gradual. [Live Science]

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