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O abismo inevitável: todo ano nós perdemos uma seção do universo

Galáxias inteiras desaparecem nas bordas do universo conhecido por nós a todo o momento. Claro que estrelas e planetas não desaparecem simplesmente; eles seguem viagem para fora da região que pode ser visualizada da Terra e passam a ocupar o universo não-observável.

Distanciamento cada vez mais rápido

A palavra “observável” não se refere à capacidade da tecnologia moderna de detectar luz ou outra informação de um objeto distante, ela indica o limite físico criado pela própria velocidade da luz. Se a expansão do universo não estivesse acontecendo de forma acelerada, cedo ou tarde nós conseguiríamos ver absolutamente tudo no cosmos.

Mas este não é o caso, pois a objetos que estão se distanciando de nós em regiões do espaço distantes se movimentam com velocidade superior à velocidade da luz. Isso significa que a luz dessas regiões nunca vai nos atingir. Mesmo daqui a 100 bilhões de anos.

Vamos pensar na situação inversa: se um fóton deixasse o nosso planeta, ele nunca ultrapassaria a marca de 15 bilhões de anos-luz daqui, porque o espaço além desse ponto está se expandindo mais rapidamente do que a velocidade da luz.

Como a expansão do universo é contínua e acelerada, a cada ano mais e mais regiões do espaço ultrapassam esse limite cósmico e entram no universo não-observável.

70 galáxias

Com o passar do tempo, todas as galáxias que não estão ligadas à nós pela gravidade – apenas 70 delas – sairiam da região observável. Ainda bem que vai levar muito tempo pra isso acontecer. Enquanto isso, podemos nos distrair com as 2 trilhões de galáxias que ainda não ultrapassaram o limite do universo observável. [Science Alert]

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