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Segundo bissexto pode ser abolido dos nossos relógios

A ITU é a organização responsável por estabelecer os horários dos relógios mundiais. Em uma reunião em Genebra, na próxima semana, seus membros vão votar uma proposta controversa: o fim ou não do segundo bissexto – também conhecido como segundo intercalar ou segundo adicional.

O segundo bissexto foi introduzido pela primeira vez em 1972, e desde então foi usado em 24 ocasiões para manter o tempo astronômico – que é baseado na rotação da Terra – alinhado com o tempo atômico internacional, baseado nos movimentos de um átomo de césio que segue um padrão como o do relógio.

O segundo bissexto foi introduzido porque a rotação da Terra tem diminuído ligeiramente de velocidade, cerca de dois milésimos de segundo por dia. Sem eles, o tempo atômico moveria um segundo extra antes do tempo astronômico uma vez a cada 500 dias.

No entanto, o abrandamento da rotação da Terra não é constante, o que significa que tem que ser monitorado constantemente.

O Observatório Real de Greenwich, na Grã-Bretanha, é favorável ao segundo bissexto, mas adversários, incluindo o Gabinete Internacional de Pesos e Medidas, em Paris, estão pressionando para que ele seja descartado.

“Nós achamos que isso seria uma vergonha. Nós sabemos que é importante não perder a ligação entre a medição do tempo e do Sol, que, afinal, tem sido fundamental para a escala de tempo humana”, disse Jonathan Betts, do Observatório Real. “Seria desligar-nos da natureza, que não é o que as pessoas querem.”

Aqueles a favor de abolir o segundo bissexto argumentam que muitos sistemas importantes, como os instrumentos de GPS utilizados na navegação de aeronaves ou computadores utilizados nas finanças internacionais, dependem de cronometragem de alta precisão, que pode falhar se as pessoas se esquecerem de atualizá-la.

O próximo segundo bissexto, que pode ser o último, será adicionado ao sinal de meia-noite do dia 30 de junho de 2012. [The Telegraph]

ATUALIZAÇÃO: A reunião da International Telecommunication Union não chegou a um consenso e adiou a decisão para a reunião de 2015.

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