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Segundo cientistas, ainda estamos evoluindo

Quando estudamos biologia na escola, muitas vezes temos a impressão de que os humanos chegaram ao ponto máximo da evolução. Mas não é bem assim. Os seres humanos, como todos os outros organismos da Terra, ainda estão sujeitos às pressões da evolução. Uma nova pesquisa sugere que mesmo em sociedades relativamente modernas, os homens ainda estão mudando e evoluindo em resposta ao ambiente.

Ao estudar uma ilha em Quebec, pesquisadores descobriram um empurrão da genética para diminuir a idade da primeira reprodução em grandes famílias. Esta é a primeira evidência direta da seleção natural em ação em uma população humana relativamente moderna.

Os pesquisadores analisaram dados de mulheres de 30 famílias que se casaram entre 1799 e 1940 comparando suas relações, diferenças sociais, culturais e econômicas, e a idade com que tiveram o primeiro filho. Os pesquisadores descobriram que durante um período de 140 anos, a idade média da primeira reprodução caiu de 26 para 22 anos.

Essa variação de 30% a 50% pode ser explicada pela variação genética na população, e não por outros fatores, como mudanças culturais ou atitudes sociais. Pode parecer estranho, já que estamos acostumados a observar essa mudança de comportamento como uma atitude cultural, mas os pesquisadores analisaram o fato do ponto de vista genético e não genético, e os fatores genéticos se sobressaíram.

Os pesquisadores não observaram quais genes podem ter mudado ao longo do tempo, mas sugerem razões pela mudança de idade de reprodução: diferenças na fertilidade, o quão cedo uma mulher atinge a puberdade e até mesmo traços hereditários de personalidade que empurrariam a mulher a procriar mais cedo.

Esses fatores genéticos estariam mudando em resposta à seleção natural para o nascimento do maior número de crianças. Isso não seria desvantajoso para a população analisada, já que estavam em um local recém-fundado que necessitava de grandes famílias. A nova população teria recursos para satisfazer famílias grandes, e mais crianças significaria maior probabilidade de que os genes sobrevivessem no futuro.

Por causa da falta de controle de natalidade, as famílias dessa população acabaram sendo muito grandes, e uma vez que a fertilidade não foi alterada por influências externas cada casal pode atingir sua fertilidade máxima.

Estudos anteriores já haviam sugerido que a nossa espécie continua evoluindo, com pesquisas mostrando alterações de centenas de genes do genoma humano nos últimos 10 mil anos. Além disso, medidas do crânio sugerem que nossos cérebros foram diminuindo ao longo dos últimos cinco mil anos. [LiveScience]

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