Uma recente pesquisa pediátrica, publicada em uma revista, esteve se dedicando ao estudo da enxaqueca nas crianças. Constataram sua ocorrência no período de volta às aulas, quando são maus hábitos no sono e nas refeições, de modo geral, que ocasionam a enxaqueca. Alguns leitores da revista mandaram comentários, sugerindo que o motivo da dor de cabeça pode ser outro: as lâmpadas fluorescentes da maioria dos edifícios não-residenciais.
Estas lâmpadas brancas são adotadas na maioria dos imóveis, por serem mais econômicas e ecologicamente corretas. Mas o grande número de queixas sobre a possibilidade de que a luz fluorescente pode incitar a dor de cabeça levou os médicos a estudarem a fundo essa questão. Um pediatra do Hospital de Cincinnati (Ohio, EUA) explica que não há provas científicas, pelo menos por enquanto, que confirmem tal relação, mas que ela pode sim existir.
O médico conta que pacientes com enxaqueca são mais sensíveis à luz (o termo usado é fotofobia, embora não se trate de uma fobia neurológica). E não se trata apenas das lâmpadas: na areia da praia ou na neve, os fotofóbicos podem sentir semelhante dor de cabeça, já que a sensibilidade não se altera.
O comprimento de onda luminosa também é fator determinante, segundo a pesquisa. A luz azul, por exemplo, tem mais propensão a causar enxaqueca. Daí o perigo de alguns carros terem faróis azuis, já que podem reduzir a visibilidade do motorista que vem sem sentido contrário.
Um estudo mais antigo, de 1989, constatou que trabalhadores atuando em locais fechados, com lâmpadas acesas o dia inteiro, eram mais propensos a ter dor de cabeça do que aqueles que ficavam em lugares abertos, sob a luz do dia. Essa fotofobia pode ocorrer em maior ou menor escala. [The New York Times]