Fidget spinners estão por toda parte. É possível comprar um em qualquer esquina e, assim como toda moda, crianças e adultos estão obcecados por eles. As empresas que criam esses novos brinquedos afirmam que eles ajudam a aliviar o estresse e a ansiedade, e podem ajudar as crianças com foco no Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). David Anderson, psicólogo clínico do Child Mind Institute, nos EUA, especializado em tratamento para TDAH e distúrbios do comportamento afirma que não é bem assim.
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“Eles são um brinquedo, não um tratamento. A questão sobre os fidget spinners é que eles trouxeram a discussão sobre o que funciona para o TDAH ou o que pode ajudar contra a ansiedade ou para o alívio do estresse, o que seria ótimo para se ter. O único problema é que eles não têm evidência científica quanto ao alívio do estresse ou ao tratamento de ansiedade”, alerta.
“Não há nenhum dispositivo psicologicamente recomendado. Existem apenas dispositivos que se enquadram em princípios psicológicos baseados cientificamente.
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Ele sugere que, em casos de crianças com estresse, ansiedade ou depressão, ou TDAH, pode-se criar “um kit de enfrentamento” quando elas estão tendo certa quantidade de estresse. “Isso pode incluir música para ouvir. Pode incluir uma bola de estresse para apertar. Pode incluir algo para lembrá-las de respirar ou praticar uma estratégia de atenção plena”, afirma. “Mas é realmente caso a caso. Não há recomendações universais de um brinquedo particular para o alívio do estresse ou um objeto particular para o alívio do estresse. Fidget spinners não têm absolutamente nenhum estudo científico por trás deles, mostrando qualquer tipo de eficácia no tratamento. E a principal razão para isso é que eles são uma moda”.
Faz sentido. Como Anderson lembra, eles acabaram de aparecer, e os estudos científicos levam tempo e dinheiro. “Se algo é realmente novo, e está fazendo muito barulho, é improvável que seja apoiado cientificamente. E se estamos falando de tratamento para ansiedade ou TDAH, ou para alívio do estresse, queremos seguir coisas que tenham um pouco mais de apoio científico, como estratégias comportamentais cognitivas para gerenciar seus sintomas”, aponta.
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“Eu acho que sempre é um problema quando qualquer empresa faz uma afirmação sensacional sobre um novo produto que fornece um tratamento que não é apoiado pela ciência para doenças mentais”, diz o especialista. Porém, ele acredita que os fidget spinners não sejam um grande problema justamente porque os adultos não estão comprando a ideia de que eles são um tratamento. “Os adultos não parecem estar sendo influenciados pelo pensamento de que este é um tratamento. Parece que as crianças estão usando este argumento de que eles são úteis no alívio do estresse, como um argumento que eles podem ter com seus professores ou com seus pais, e ninguém está comprando”. [Business Insider]