Não é surpresa para ninguém que os carros do futuro provavelmente se dirigirão sozinhos. De certa forma, a indústria automobilística já avançou muito nesse ponto, e os carros estão cada vez mais automáticos.
Um novo carro da Mercedes, que custa cerca de R$ 167.000, é um dos que pretende dar aos nossos pés um descanso durante engarrafamentos. Ele detecta o quão longe estão os outros carros e, em seguida, acelera e desacelera em conformidade. Não há necessidade de fazer nada, sem mesmo pisar no freio. Apenas conduzir o volante.
Em outubro, o Google anunciou que havia desenvolvido uma frota de carros que usa vários sensores e mapas para “sentir” a pista (foto). Durante os testes, os carros se auto-dirigiram por mais de 225.000 quilômetros.
A edição mais recente dessa tendência vem da General Motors, que apresentou o EN-V (abreviação para “Electric Network Vehicle”, ou veículo elétrico de rede). O carro parece um “casulo”. Rola sobre duas rodas, alinhadas como as rodas fronteiras de um carro, não como uma bicicleta. Por enquanto, ele está no estágio de protótipo. A GM diz que eles poderiam estar no mercado em 2030, a um custo de cerca de R$ 16.000.
O EN-V mede cerca de 2 metros cúbicos. Duas pessoas cabem confortavelmente, mas não há muito espaço para mais nada. Provavelmente, cabem 5 ou 6 vezes mais EN-Vs em um estacionamento do que automóveis convencionais.
O carro combina duas ideias sobre condução automática: sensores como câmeras e sonares para impedir o carro de bater ou atropelar pedestres, e tecnologia de rede que permite que os carros se comuniquem. Esta “internet” permite que carros se conectem sem fios e sigam um ao outro como vagões de um trem. Se um EN-V tiver que sair da linha, ele pode.
Ele funciona com bateria e se conecta a uma parede, com uma velocidade máxima de cerca de 49 quilômetros por hora e um alcance de cerca de 50 quilômetros. Não é muito, mas é o suficiente para ser útil em reduzir o congestionamento nos centros urbanos, em especial cidades de alta densidade na China e na Índia. O carro também tem como objetivo melhorar a segurança no trânsito – já que os humanos provavelmente não conseguirão isso sozinhos.
Mesmo que os carros possam se comunicar uns com os outros e se dirigem sozinhos, os motoristas podem tomar o controle, se desejarem. Isso é importante, tanto por razões de segurança quanto para os motoristas poderem obter alguma sensação de prazer do veículo. Um “joystick” faz às vezes de volante do veículo, orientando e acelerando o carro.
Ainda assim, os desenvolvedores afirmam que há uma série de obstáculos que precisam ser superados antes algo parecido com o EN-V chegar ao mercado. Os sinais sem fio que permitem a comunicação dos veículos são problemáticos, pois hackers, em teoria, poderiam acessá-los e enviar os carros fora da pista. A perda de conexão sem fio também pode fazer com que o sistema automatizado perca o controle do carro.
Mesmo com os obstáculos, o futuro desse conceito é praticamente garantido. A tendência da tecnologia automática é transformar a nossa forma de dirigir carros. [CNN]