É bem provável que sondas alienígenas já tenham visitado nosso sistema solar. Ou que ainda estejam aqui – embora indetectáveis pela nossa tecnologia atual. É isso o que sugere uma nova teoria matemática feita por pesquisadores da Universidade de Edimburgo (Escócia).
Um artigo publicado na revista International Journal of Astrobiology analisou quanto tempo sondas alienígenas autorreplicantes demorariam para explorar toda a Via Láctea. E a resposta é: menos do que poderíamos imaginar.
Sondas autorreplicantes
O artigo parte de um estudo anterior, em que os cientistas Arwen Nicholson e Duncan H. Forgan sugerem que as sondas utilizariam uma técnica conhecida como autorreplicância – um termo que não tem nada a ver com fazer cópias idênticas de si mesmo. As naves poderiam se aproveitar da força gravitacional de planetas, estrelas e até poeira cósmica para ganhar mais velocidade continuamente.
A técnica, também conhecida como “estilingue”, já foi usada nas duas sondas Voyager lançadas pela Nasa em 1977. Com este tipo de locomoção espacial, as sondas alienígenas poderiam atingir 10% da velocidade da luz. Assim, poderiam levar 10 milhões de anos para explorar nossa galáxia. Pode parecer muito tempo, mas é pouco em termos astrofísicos – seria apenas um pedacinho da existência da Terra.
Tecnologia avançada
Em 1953, o físico Enrico Fermi propôs o “Paradoxo de Fermi”, que sugere que há uma contradição entre a alta probabilidade de haver vida fora do nosso planeta e o fato de que, até agora, nunca tenha sido detectada nenhuma. Fermi levantou duas opções: ou não houve vida extraterrestre nos últimos milhões de anos ou as sondas alienígenas seriam indetectáveis pela nossa tecnologia atual.
Já os cientistas escoceses acreditam que os seres extraterrestres podem ter enviado as sondas programadas para fazer contato apenas com civilizações capazes de detectá-las.