Uma boa notícia para os futuros papais e mamães curiosos: um simples exame de sangue poderá descobrir o sexo do bebê em apenas sete semanas de gravidez. O método que está sendo desenvolvido dará respostas antes e será muito menos invasivo que as outras opções.
O teste analisa o DNA fetal encontrado no sangue da mãe. Se um cromossomo Y está presente, o bebê será um menino e se não for encontrado esse cromossomo, o feto será do sexo feminino (também, a amostra de sangue pode não conter DNA fetal). Os pesquisadores examinaram cerca de 6,5 mil gestações para testar a eficácia desse método.
O teste poderá ajudar os pais que estão preocupados com doenças genéticas relacionadas aos gêneros, como a distrofia muscular de Duchenne em casos de meninos ou a síndrome de Turner em meninas. Saber o sexo fetal logo no início da gravidez poderá ser determinante para que os pais descubram se precisam ou não se submeter a testes genéticos caros.
Mas o novo método também pode trazer consequências negativas, como abortos seletivos caso o gênero do bebê seja indesejado. Os testes não são vendidos na China e na Índia, países em que fetos do sexo feminino são abortados em ampla escala. Pelo menos uma empresa que vende os testes neste país faz com que os pais assinem um termo de responsabilidade afirmando que eles não querem descobrir o sexo do feto com fins abortivos.
Os testes já estão disponíveis há algum tempo nos Estados Unidos, mas a sua confiabilidade ainda tem sido contestada, já que alguns casos o exame de sangue deu um resultado que não foi o comprovado posteriormente.
Dadas essas incertezas, os médicos ainda não prescrevem esses testes, mas isso pode mudar em breve, com a maior eficiência que os pesquisadores estão buscando. Não será surpresa se em um futuro próximo os pais começarem a pintar o quarto do bebê e comprar roupinhas muito, muito cedo.[POPSCI]