Ícone do site HypeScience

Teste simples poderia diminuir o risco de câncer de próstata pela metade

Um procedimento, que custa apenas cerca de 27 reais, pode diminuir o risco dos homens de ter câncer de próstata, e identificar as pessoas em maior perigo de morrer por causa da doença – o segundo câncer mais letal entre a população masculina – ou de metástase, que é quando o câncer se espalha para outros órgãos.

A afirmativa baseia-se em um estudo que recolheu amostras de sangue de 1167 homens com 60 anos em 1981, e acompanhou a saúde deles até a idade de 85.

Atualmente, existe uma controvérsia envolvendo testes já disponíveis quanto ao momento ideal para administrá-los. O medo é de que muitos homens sejam “superdignosticados” e fiquem tão preocupados que se submetam a cirurgias desnecessárias e arriscadas.

Mas o novo estudo sugere que 60 é uma idade boa para fazer o teste, que pode definitivamente eliminar o risco da doença tornar-se fatal em até 50% dos homens.

O procedimento permitiria que os médicos concentrassem seus recursos escassos nas pessoas mais suscetíveis a desenvolver e morrer da doença, para tratar cada um deles conforme suas necessidades.

O teste, muito simples, funciona destacando os níveis do antígeno prostático específico (APE) no sangue, uma proteína que pode vazar da próstata e células tumorais. Cerca de 90% das mortes por câncer de próstata ocorrem em homens com níveis mais elevados de APE.

O câncer tem desenvolvimento geralmente lento, levando até 15 anos para se espalhar para outras partes do corpo. Por isso, os cientistas acreditam que homens com níveis de APE abaixo da média na idade de 60 anos não precisam se preocupar com a ameaça.

Os resultados da pesquisa sugerem que é improvável que os homens COM 60 anos de idade E baixas concentrações de APE desenvolvam câncer e, mesmo que desenvolvam, é improvável que ele se manifeste durante a sua vida e ainda menos provável que se torne uma ameaça.

Por outro lado, um quarto dos homens com APE elevado aos 60 anos de idade tem 26 vezes mais chances de morrer de câncer de próstata. Segundo os pesquisadores, dos 5% dos homens com níveis mais elevados de APE, apenas um em cada seis vai morrer de câncer de próstata com a idade de 85.

Dessa forma, os médicos poderiam, então, concentrar a atenção e recursos em pessoas com maior risco da doença, e os pacientes com APE baixo não precisariam ser expostos a triagens potencialmente perigosas e tratamentos posteriores.

Alguns médicos discordam sobre a importância do teste, porque mais de 65% dos homens com APE elevado não têm câncer, o que aumenta o risco de erros de diagnóstico.

No início deste ano, na Grã-Bretanha, foi relatado que um quinto dos homens na faixa etária de risco que pediram um teste de APE teve seu pedido recusado.

Porém, o estudo recente sugere que os homens podem fazer o teste, mas se forem diagnosticados com APE baixo, não devem fazer quaisquer outros testes de câncer de próstata, como a biópsia, o que pode causar impotência e incontinência mais tarde.

Segundo especialistas, a abordagem orientada ao novo teste é preferível a um programa de triagem, que significa realizar testes nos homens em intervalos regulares durante vários anos.

No entanto, este é um estudo inicial, envolvendo apenas 1.000 homens na Suécia, e mais pesquisas a longo prazo, com número e diversidade maior de homens, são necessárias antes de concluir que esse método de teste realmente é a melhor opção. [Telegraph]

Sair da versão mobile