Segundo um novo estudo, o Tiranossauro rex crescia mais rápido e pesava mais do que se acreditava anteriormente, o que sugere que o predador temível era um “adolescente voraz”.
Por meio de varreduras tridimensionais a laser e modelagem computacional, cientistas britânicos e americanos “pesaram” cinco espécimes de T. rex, incluindo um do “The Field Museum”, um museu de Chicago, “Sue”, que é o maior e mais completo esqueleto de T. rex conhecido.
Os pesquisadores concluíram que Sue, que percorria as Grandes Planícies da América do Norte 67 milhões anos atrás, teria pesado mais de 9 toneladas, ou cerca de 30% mais do que o esperado.
Curiosamente, o espécime mais jovem e menor pesava menos do que se pensava, lançando nova luz sobre a biologia dos animais e indicando que o T. rex crescia mais de duas vezes mais rápido entre 10 e 15 anos de idade, como sugerido em um estudo de cinco anos atrás.
“Em sua época de crescimento mais rápida, a adolescência, os dinossauros ganhavam cerca de 5 quilos por dia”, disse John Hutchinson. “É muita quantidade de carne, muitos dinossauros bico-de-pato pra comer”.
Hadrossauros ou dinossauros bico-de-pato eram herbívoros comuns que viviam ao lado dos Tiranossauros rex, tornando-se uma refeição óbvia para o gigante comedor de carne.
Um enorme apetite significa que o T. rex precisaria de um extenso território e era, provavelmente, relativamente raro.
Seu surto de crescimento rápido na adolescência também sugere que ele deveria ter uma alta taxa metabólica, apoiando a ideia de que tinham sangue quente.
Sua grande massa corporal teria lhe custado agilidade. Os músculos da perna de T. rex não eram tão proporcionalmente grandes quanto os dos pássaros modernos, o que indica uma velocidade máxima de cerca de 15 a 40 quilômetros por hora – nem muito rápido, nem muito lento.[Reuters]