Segundo uma nova pesquisa, se fosse possível colocar todos os dados do mundo em CDs e empilhá-los, a pilha se estenderia da Terra para além da lua.
Esse e muitos outros dados e conclusões foram descobertos por Martin Hilbert e Priscila López, que assumiram a difícil tarefa de descobrir quanta informação está lá fora, e como seu armazenamento mudou com o tempo.
Toda a infra-estrutura tecnológica do mundo tem uma capacidade incrível de armazenar e processar informações, que alcançou 295 exabytes em 2007 (um número com 20 zeros), um reflexo da transição mundial quase completa para a era digital.
Hilbert e López pesquisaram mais de 1.000 fontes e peneiraram através de 60 categorias incrivelmente completas de tecnologias analógicas e digitais, de papel e discos de vinil até discos Blu-ray. Ao todo, os pesquisadores dizem que o mundo poderia armazenar 295 trilhões de megabytes comprimidos; comunicar quase dois quatrilhões de megabytes, e realizar 6.4 trilhões de MIPS (milhões de instruções por segundo) em computadores de propósito geral.
Alguns dos resultados parecem óbvios, como o fato da internet e redes de celular terem crescido bastante (28% ao ano), enquanto a TV e o rádio cresceram muito mais lentamente. Outros são mais surpreendentes, como a descoberta de que 75% da informação armazenada do mundo ainda estavam em formato analógico em 2000, principalmente sob a forma de cassetes de vídeo. Em 2007, 94% da informação do mundo era digital.
Em 2007, todos os computadores de uso geral no mundo computavam 6,4 x 1018 instruções por segundo. Segundo os pesquisadores, fazer isso a mão levaria 2.200 vezes o período desde o Big Bang.
A evolução é clara: em 1986, primeiro ano examinado pela dupla, 41% de todas as computações eram feitas por calculadoras. Em 2000, os computadores pessoais estavam fazendo 86% da computação. Até 2007, hardwares de videogames estavam fazendo 25% das computações. No geral, consoles de jogos tem mais poder de computação do que os supercomputadores do mundo.
Os telefones celulares representavam 6% de todas as computações em 2007. É importante notar que esse é o primeiro ano que o iPhone foi lançado, e um ano antes que alguém pudesse comprar um celular desse estilo no mercado de massa. É justo supor que este número tem aumentado exponencialmente desde então.
Porém, eis uma informação que não tem comparação: no grande esquema de informação, estes números que parecem gigantes são apenas um “pontinho”. Eles são ainda menores do que o número de bits armazenados em todas as moléculas de DNA de um ser humano adulto solteiro.
Por exemplo, as 6,4 x 1018 instruções por segundo que a humanidade realizou em computadores de uso geral em 2007 estão na mesma área que a estimativa do número máximo de impulsos nervosos executados pelo cérebro humano em um segundo. Quem precisa de computador? [POPSCI]