De acordo com um pesquisador, que diz ter achado “a chave” para ser engraçado, só existem oito maneiras de fazer uma pessoa rir.
Alastair Clarke é um estudioso britânico evolucionário, identificou oito “padrões” em todas as piadas, não importa o assunto delas nem em que parte do mundo elas sejam contadas.
Clarke chegou a essa conclusão depois de estudar mais de 20mil piadas, recolhidas de uma coletânea que categorizava piadas de todas as idades – desde contos do século 14 até esquetes de televisão de programas como “Zorra Total”. Para ele, todos os tipos de humor se encaixam em oito categorias, independente da civilização, cultura ou gosto pessoal.
“Pode parecer bizarro para alguns, mas esses padrões são o verdadeiro estímulo que nos faz rir, independente de nossa situação, do programa que estamos assistindo ou da história que estão nos contando” explica Clarke que, futuramente, irá publicar um livro com suas descobertas.
Para ele, o cérebro, de forma subconsciente, procura os padrões e, quando os encontra, é recompensado. “Algumas vezes apenas um padrão é suficiente para causar a risada, mas eles podem ser combinados, abrindo mais ainda as possibilidades do riso” diz o pesquisador.
Os padrões incluem:
- Repetição positiva – causada por trocadilhos e pelo tamanho exagerado de narizes, orelhas e outras características em caricaturas, por exemplo.
- Qualificação – quando palavras são ditas de forma inesperada e diferente, como o sotaque do Inspetor Clouseau no filme “A pantera cor-de-rosa”.
- “Recontextualização” qualitativa – quando algo que você conhece é mudado. Por exemplo, quando você ri do novo corte de cabelo de alguém.
- Aplicação – padrão das palavras com duplo sentido.
- Preenchimento – quando você preenche os vazios, assumindo possíveis situações.
- Divisão – quando a piada é contada por mais de uma pessoa.
- Oposição – onde se encaixam a ironia e o sarcasmo.
O pesquisador afirma que suas descobertas podem servir de guia para comediantes e ajudar na confecção de roteiros de comédias. A dica mais importante, para Clark, é que o assunto do comediante deve ser interessante para seu interlocutor. [Telegraph]