Quando tudo dá errado, quando você está estressado, ansioso ou qualquer coisa do tipo, o que ataca primeiro?
Agora, um novo estudo revela o que você provavelmente poderia deduzir: o trauma emocional e psicológico pode contribuir para a síndrome do intestino irritável (SII), uma desordem que causa dor abdominal, constipação e diarreia.
Pessoas que sofreram mais traumas ao longo de suas vidas são mais propensas a ter SII. Os traumas podem variar de mortes de entes queridos ao divórcio e catástrofes como incêndio em casa ou acidente de carro.
Este é o primeiro estudo que olha para as múltiplas formas de trauma, o calendário de tais traumas e traumas em família para saber suas consequências.
“Enquanto o estresse tem sido associado a SII, o abuso na infância está presente em até 50% dos pacientes com SII, uma prevalência duas vezes maior que de pacientes sem SII”, diz Yuri Saito-Loftus.
Os pesquisadores consultaram 2.623 pessoas sobre o número e o tipo de eventos traumáticos que tinham experimentado em suas vidas. Participantes com SII tinham mais traumas do que pessoas sem o transtorno.
A causa exata da SII é desconhecida, mas os pesquisadores suspeitam que os nervos e os músculos que controlam o intestino são os culpados.
O estresse pode sobrecarregar os nervos que conectam o cérebro e o intestino, levando a problemas intestinais dolorosos. As mulheres são 1,5 vezes mais propensas que os homens a serem diagnosticadas com a condição.
Trauma psicológico durante a vida pode sensibilizar o cérebro e o intestino, tornando ambos mais vulneráveis ao estresse.
Enquanto a SII não prejudica o intestino, em última análise, o ônus da doença é significativo, com pacientes perdendo mais dias de trabalho, precisando de mais medicação e sendo hospitalizados com mais frequência do que a população em geral.
A nova pesquisa pode ajudar os pacientes a entender e gerenciar os seus sintomas. “Os pacientes e seus familiares com frequência se perguntam: ‘Por que eu?’. Isso vai ajudá-los a compreender porque eles têm SII, e por que o estresse continua a desempenhar um papel em seus sintomas”, diz Saito-Loftus.[LiveScience]