No verão de 2013, o biólogo Brian Malaise fez uma descoberta interessante ao checar os tanques de criação de truta do criador de peixes Decorah Fish Hatchery, que fica no estado norte-americano de Iowa.
Em sua ronda matinal, ele encontrou uma truta que saltou para fora d’água durante a noite e acabou congelado junto à parede de alumínio que separa os tanques. Ao olhar a imagem, temos a impressão de que se trata de uma parede de concreto, mas ela é uma estrutura de alumínio que faz parte do sistema de limpeza da água dos peixes.
O peixe só teve este triste fim porque este material é de alumínio, um dos metais mais condutores de calor que conhecemos. Quando objetos de temperaturas diferentes entram em contato, eles tentam atingir um equilíbrio térmico, para chegar ao ponto em que os dois objetos tenham a mesma temperatura.
Foi a rápida transferência de calor que colou a truta na parede de alumínio. No momento em que os dois objetos entraram em contato, o metal roubou o calor do corpo do peixe rapidamente, congelando a água de sua pele. Isso também acontece quando pegamos em um cubo de gelo e ele fica colado no nosso dedo por alguns segundos.
“Isso não acontece muito, mas já aconteceu antes”, diz Malaise ao site Nerdist. “Mesmo assim foi surpreendente. Você tem que rir e pensar ‘que forma horrível de morrer’. Quero dizer, aquilo não aconteceu instantaneamente…”. Se o incidente tivesse acontecido enquanto havia funcionários no local, a equipe teria salvado o animal jogando um balde de água morna nele.
Caso você esteja se perguntando porque a truta pulou da água, a resposta é que ele estava em busca de comida. “Pode ser inverno, mas ainda há insetos que botam ovos aqui. Mantemos a temperatura da água a 8°C, então há invertebrados aquáticos. Às vezes o peixe vê movimento acima da água, pensa que é um inseto e pula”, descreve o biólogo. [Nerdist]