A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) de fácil transmissão. Se uma mulher portadora de sífilis está grávida e não se submete a nenhum tratamento, a doença pode levar a um aborto, parto prematuro com baixo peso ou a morte do bebê após o nascimento. Esta é a razão da morte de 400 mil crianças por ano apenas na África.
Mas esse índice poderia ser significativamente reduzido ao custo de 1 libra esterlina (o equivalente atual a R$ 2,73): um simples teste de diagnóstico da doença.
A Parceria Global de Sífilis Congênita é uma das entidades que apoia o acesso a este teste para as regiões mais pobres e remotas do planeta. Além de barato, o teste é fácil de se aplicar, e sua execução leva menos de 15 minutos. Uma vez diagnosticada, a sífilis pode ser combatida com uma simples e também barata injeção de penicilina.
Uma mulher gestante tem enormes chances de salvar o bebê e garantir sua saúde se for curada da doença até a 28ª semana de gestação, aproximadamente até o final do sétimo mês. A sífilis pode ser transmitida tanto por relações sexuais quanto pela própria genética, de forma que o bebê pode já nascer com sífilis.
A doença atinge, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, entre 3% e 15% das gestantes do mundo. A cada ano, um milhão de mulheres no planeta (metade do total de infectadas) passam sífilis a seus bebês.
No ano de 2000, metas foram traçadas para 2015 no que diz respeito à melhora de vários índices sociais e humanos, incluindo o combate à sífilis. Os especialistas apontam para a necessidade de acelerar o processo de diagnósticos e tratamento em países remotos para que os números previstos possam se concretizar até lá. [Reuters, Foto]