Quando se fala em robôs industriais, as pessoas normalmente não tem ideia do que se trata. Basicamente, se trata de um braço mecânico que custa mais de US$100 mil (R$ 200 mil aproximadamente), que precisa de uma equipe de engenheiros e desenvolvedores de software para programar os movimentos do braço mecânico e integrar o robô em uma linha de produção.
Este tipo de equipamento é proibitivo para pequenas indústrias. Simplesmente o investimento inicial e o custo de ter um robô não compensa os benefícios de eficiência e economia obtidos.
Entra em cena o Baxter, um robô que custa US$22 mil (R$44 mil), com dois braços, e capaz de aprender seu trabalho da maneira mais simples: alguém simplesmente move os braços para os pontos em que ele tem que se mover, trabalho que faz sozinho depois. Ele pode pegar peças, girá-las, soltá-las.
Além disso, o robô tem alguns aspectos interessantes: ele “sabe” que se deixar cair uma peça, deve recomeçar a atividade com outra peça. Também é seguro o suficiente para trabalhar lado a lado com seres humanos, é extremamente flexível, pode ser treinado em 30 minutos, e pode executar diferentes tarefas ao longo do dia, em diferentes partes de uma linha de produção.
Com o preço de um carro, o robô – que não tira férias, não tem custos de previdência e pode trabalhar dia e noite até quebrar sem ficar doente (além de não fazer greves) – tem o poder de revolucionar as pequenas indústrias. Ele não tem a precisão necessária para tarefas exigentes como a soldagem de circuitos, mas pode ser treinado por qualquer um. E o melhor: deve estar no mercado em algumas semanas. [Gizmodo, Rethink Robotics, IEEE Spectrum]