Construir uma usina para captar energia do vento, com aquelas fileiras de “moinhos” gigantescos (cujo nome técnico é aerogerador) e potentes turbinas, já não é tão novidade assim. Mas os britânicos deram um passo adiante, e inauguraram uma dessas obras de engenharia fora de seus limites terrestres. Localizada no Mar do Norte, a cerca de duas horas do litoral leste inglês, está a primeira usina eólica marítima do mundo.
Usinas eólicas em alto mar
Trata-se de 100 destes aerogeradores enfileirados sobre a água, com capacidade máxima de produção em 300 Megawatts. Agora, a Grã-Bretanha assume o posto de maior produtora de energia eólica (em números relativos) do planeta, já que os 5 Gigawatts que se produzem dessa maneira representam 4% de todo o consumo energético do país. Mas as metas dos súditos da rainha são ambiciosas: até 2020, querem elevar essa taxa para 15%. Para tornar isso possível, pretendem lançar mão de mais recursos como esses, em usinas eólicas no mar. O projeto está orçado em 800 milhões de libras (o equivalente, atualmente, a 2,160 bilhões de reais).
Estas usinas eólicas fornecem energia, hoje, para 2,7 milhões de lares britânicos. Esta nova instalação ocupa uma área, no mar, de 35 km², e as pás de seus aerogeradores têm 90m de comprimento. Ao contrário das usinas eólicas em terra, que são dominadas por poucas empresas em um sistema quase de oligopólio, as usinas sobre o mar são um mercado aberto e em expansão, e várias companhias já demonstraram interesse. Se tiver início uma concorrência que fomente a produção dessa energia limpa e sustentável, todos só têm a ganhar. [Daily Tech]
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