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Vamos fazer um tour dentro de uma célula humana?

Com certeza você se lembra pouco das aulas de Ciências e Biologia dos anos escolares idos. Talvez você tenha desenhado uma célula, visto uma por um microscópio simples, ou até feito uma maquete de uma, mas seus componentes já são um mistério na sua memória nebulosa.

Comparativamente, seu corpo seria uma grande companhia com várias identidades: uma empresa elétrica, uma fábrica de produtos químicos, uma transportadora, especialista em comunicações de rede, instalações de desintoxicação, hospital e campo de batalha, tudo em uma coisa só. E os trabalhadores que dirigem todas essas atividades são suas células.

O corpo humano contém trilhões de células, organizadas em mais de 200 tipos principais. Em um determinado momento, cada célula faz milhares de trabalhos de rotina, como a criação e o uso de proteínas de energia, fabricação e resposta a estímulos ambientais, etc.

Tipos de células diferentes também têm deveres especiais, como a construir pele ou osso, bombear hormônios ou produzir anticorpos.

Incrível, não? Então que tal fazer uma rápida viagem dentro das células para ver como elas desempenham suas funções principais?

Comece imaginando que você encolheu a 3 milionésimos de seu tamanho normal – agora você tem cerca de 0,5 micrômetros, altura menor do que um ácaro de poeira ou a largura de um fio de cabelo. Dessa escala, uma célula humana média parece tão grande quanto um campo de futebol.

Núcleo

Da sua nova perspectiva, o núcleo meio esférico da célula chama a sua atenção. Parece ter cerca de 15 metros de largura. Ocupando até 10% do interior da célula, o núcleo é a organela mais proeminente. Ele contém o material genético da célula, DNA, que orienta a produção de bilhões de moléculas de proteínas que participam de quase todos os processos celulares.

Membranas

Em volta da célula há uma membrana com portas especiais, canais e bombas que permitem ou forçam a saída de moléculas selecionadas. A membrana protege o ambiente, e é feita de sais, nutrientes e proteínas que respondem por cerca de metade do volume da célula (organelas compõem o restante).

Além da membrana externa, que é composta de proteínas e lipídios (gorduras), as células dos seres humanos e outros organismos superiores têm um par de membranas porosas que envolvem o núcleo. Cada organela também tem uma membrana exterior.

Retículo endoplasmático

Ao lado do núcleo ficam enormes sacos interconectados, chamados retículos endoplasmáticos. De seu ponto de vista encolhido, cada saco tem apenas alguns centímetros de diâmetro, mas podem se estender até 30 metros ou mais. Os sacos vêm em dois tipos: uma versão “áspera”, coberta com proteína de produção de ribossomos, e uma versão de “suave”, que faz lipídios e quebra moléculas tóxicas.

Os retículos enviam proteínas recém-formadas e lipídios para o complexo de Golgi, uma estrutura curta e estreita. O complexo de Golgi processa e envia as moléculas até seu destino final, dentro ou fora da célula.

Mitocôndrias

As organelas chamadas mitocôndrias convertem a energia de seu alimento em trifosfato de adenosina, ou ATP, com reações bioquímicas poderosas. Uma célula típica queima um bilhão de moléculas de ATP a cada um a dois minutos. Como todas as outras organelas, mitocôndrias têm uma membrana externa. Mas elas também têm uma membrana interna que é quatro ou cinco vezes maior do que a externa. A membrana interna dobra em muitos lugares para caber, estendendo-se em dobras no centro da organela. Essas dobras aumentam consideravelmente a área de superfície para a produção de ATP.

De volta ao mundo do tamanho humano, muitos cientistas estão estudando essas estruturas celulares (e várias outras) para melhorar nossa compreensão sobre saúde e doença.

Por exemplo, pesquisas recentes estão descobrindo porque o “nucleolinus” (um compartimento celular encontrado em uma variedade de espécies) é crucial para a divisão celular adequada, e como um arranjo especial de microtúbulos (rodovias celulares que transportam matérias-primas) pode ajudar a reconstruir células nervosas após lesões. Fascinante, não?[LiveScience]

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