Um dos argumentos dos céticos sobre viagens no tempo é que, se ela fosse possível, os viajantes do tempo poderiam visitar a nossa era, e serem flagrados usando tecnologia avançada. Onde estão estes viajantes do tempo distraídos ou espertalhões?
Confira relatos, fotos e filmes que “provam” que os viajantes do tempo realmente existem!
Em um filme de Charles Chaplin
Esta cena ficou famosa alguns anos atrás, quando o cineasta George Clark notou uma senhora caminhando que parece falar ao celular. Mas será mesmo um celular?
Bom, em 1928 não haviam telefones celulares. E também não haviam aparelhos auditivos. Se você tivesse algum problema de audição, teria que usar uma espécie de “corneta” (os mais rústicos usavam um chifre de animal), e algumas eram compridas e curvas, enquanto outras tinham uma forma mais compacta, como esta aqui:
Mas poderia ser um aparelho auditivo Siemens, patenteado em 1924, ou um modelo elétrico “34A Audiphone Carbon Hearing Aid”, como o abaixo.
O incidente Muberly-Jourdain
Também chamado de “O Fantasma de Petit Trianon”, é um caso de viagem no tempo “involuntária”. Segundo os relatos de duas acadêmicas, Eleanor Jourdain e Charlotte Anne Moberly, elas acabaram viajando para o passado enquanto estavam visitando o Petit Trianon, até o período da Revolução Francesa, e viram Maria Antonieta, o Conde de Vaudreuil e outras pessoas.
Operária saindo de uma fábrica, em 1938, com um celular
Mais um caso de um viajante do tempo distraído – uma moça foi filmada saindo de uma fábrica em Massachusetts, em 1938, falando ao celular.
No entanto, a moça “viajante do tempo” foi identificada pelo seu neto. Trataria-se de Gertrude Jones, na época com 17 anos, e ela estava testando uma tecnologia de ponta da Dupont, um protótipo de telefone sem fio. Infelizmente, o tal telefone sem fio não foi apresentado (o que é mais difícil, um viajante no tempo ou um telefone sem fio em 1938? Você decide).
Incidente do Marechal-do-Ar Robert Victor Goddard em 1935
Outro caso de um viajante no tempo involuntário: o então comandante Robert Victor Goddard foi inspecionar um aeroporto chamado Drem. Ao chegar lá, o local estava dilapidado, com vacas comendo grama que crescia nas rachaduras do concreto.
Saindo dali, ele encontrou mau-tempo e resolveu voltar ao campo abandonado. Só que, subitamente, o tempo tinha mudado para dia claro com sol, e o campo de pouso abandonado não estava mais abandonado, e sim em estado de novo, com mecânicos vestindo uniforme azul e duas aeronaves amarelas na pista, uma das quais ele não conseguiu identificar.
Quatro anos mais tarde, a RAF começou a pintar seus aviões de amarelo e os uniformes dos mecânicos passaram a ser azuis.
Viajante no tempo hipster
Em uma foto que registra a cerimônia de reabertura da Ponte South Forks, em Gold Bridge, Columbia Britânica, no Canadá, em 1941, dá para ver este distraído viajante no tempo usando um óculos escuro estiloso e uma camiseta moderna.
No entanto, por mais moderno que fosse, o óculos não era novidade em 1941. Também, o que o “viajante” está usando é na verdade um suéter de um time de hockey. Além do mais, sinceramente, o pessoal de 1941 era um pouco lento para identificar adereços do futuro, já que ninguém está estranhando o sujeito e suas roupas.
Henry Fonda e Shirley Temple com um iPhone
Esta cena está no filme Fort Apache, do saudoso ator e diretor John Wayne, de 1948, e mostra Henry Fonda usando… um iPhone? OK, não é um iPhone, é algo mais trivial, um bloco de notas. Você sabe, papel, lápis, uma capa de couro…
A Lenda de Fentz, 1950
Um homem foi atropelado na Times Square em junho de 1950, vestido com roupas do final do século 19, com um vale-cerveja, uma conta da lavagem de uma carruagem e cuidados com o cavalo, uma carta datada de 1876, 70 dólares e cartões de visita, tudo novinho. E o mais impressionante, a descrição batia com a denúncia do desaparecimento de um certo Rudolph Fentz, que sumira em 1876, quando tinha 29 anos.
Parece enredo de filme, não parece? E é. O cineasta Jack Finney fez uma história curta de ficção científica em 1951 exatamente com este enredo, mas tem gente que usa a história como evidência de viagens no tempo desde os anos 1970.
A teoria conspiratória do Projeto Mountauk
Segundo dois homens, Preston B. Nichols e Al Bielek, havia um túnel na Base da Força Aérea Montauk que permitia aos cientistas voltar no tempo até 1943. A história começou nos anos 1980, quando a dupla iniciou uma “recuperação de memórias reprimidas” de ter trabalhado em um laboratório – um laboratório fantástico, com experimentos de teleportação, dimensões paralelas, viagem no tempo, guerra psicológica, contato com alienígenas, experimentos com percepção extrassensorial e poderes paranormais, tudo gerenciado por Nikola Tesla, cuja morte teria sido falsificada.
Quando abrirem o museu em Montauk Point, você poderá visitar as instalações e conferir por conta própria, já que o local foi fechado em 1969.
Operador da bolsa com informações privilegiadas
Se você fosse um viajante no tempo, por que perder tempo aparecendo com um celular em um filme do Charles Chaplin, se você poderia usar informações sobre a Bolsa de Valores e fazer uma fortuna?
Esta é uma história do jornal Weekly World News. Segundo a lenda, com um investimento inicial de US$ 800 (cerca de R$ 1600), o esperto viajante do tempo Andrew Carlssin conseguiu juntar 350 milhões de dólares (cerca de R$ 700 mi) em duas semanas, com investimentos inesperados que renderam muito, e que não podem ser explicados pela sorte.
A história é divertida, e você pode encontrar outras tão divertidas quanto esta no mesmo jornal. Só não espere que sejam verdadeiras.
O estranho caso de John Titor
Um caso interessante ocorreu entre 2000 e 2001: um certo John Titor postou algumas mensagens em um fórum da internet, alegando ser um viajante do tempo e ter vindo de 2036. Ele até mesmo descreveu sua máquina do tempo, além de falar de eventos futuros.
Até agora, ninguém conseguiu montar a máquina do tempo, e nenhum dos eventos que ele anunciou aconteceu.
Håkan Nordkvist, o homem que encontrou seu “eu” do futuro
Nordkvist viajou por um buraco-de-minhoca em sua cozinha, e acabou encontrando um velho que tinha a mesma tatuagem que ele. Sabendo que ninguém acreditaria em sua história, filmou o encontro.
Esse foi um caso de marketing viral, feito para a companhia de seguros sueca AMF, e executado pela empresa Forsman & Bodenfors. [io9]