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Vida longa: sequenciamento do DNA da mulher mais velha do mundo

A ciência pode nos ajudar a viver cada vez mais, e um grande passo para isso foi o sequenciamento do DNA de uma mulher que viveu 115 anos.

A mulher, que era a mais velha do mundo no momento de sua morte, tinha a mente de alguém décadas mais jovem e sem sinais de demência.

Segundo pesquisadores holandeses, o estudo sugere que ela tinha genes que protegem contra a demência.

Futuras pesquisas poderiam dar pistas sobre porque algumas pessoas nascem com genes para uma vida longa.

Faz mais de 10 anos desde que o primeiro esboço de código genético humano foi revelado. Desde então, algumas centenas de pessoas tiveram seus genes mapeados na íntegra, e a tecnologia para “ler” o DNA vem ficando melhor e mais barata.

A mulher, cuja identidade está sendo mantida em segredo, é conhecida apenas como W115, e é a pessoa mais velha a ter seus genes mapeados.

Ela doou seu corpo para a ciência, permitindo que os médicos estudassem seu cérebro e outros órgãos, assim como seu código genético inteiro.

O Dr. Henne Holstege diz que ela parece ter algumas mudanças genéticas raras em seu DNA. Ainda não está claro qual o papel que elas realizam, mas parece que há algo em seus genes que protege contra a demência e outras doenças da vida adulta.

“Nós sabemos que ela é especial, sabemos que o seu cérebro não tinha absolutamente nenhum sinal de mal de Alzheimer. Deve haver algo em seu corpo que proteja contra a demência. Nós acreditamos que há genes que podem garantir uma vida longa e serem protetores contra o mal de Alzheimer”, afirma o Dr. Hostelge.

W115 nasceu prematuramente e não deveria sobreviver, mas viveu uma vida longa e saudável, e entrou em uma casa de cuidados com a idade de 105.

Ela finalmente morreu de um tumor no estômago, tendo sido tratada por câncer de mama na idade de 100.

Um teste de suas habilidades mentais na idade de 113 mostrou que ela tinha o desempenho de uma mulher com idades entre 60 a 75 anos.

Em exame post mortem, os médicos não encontraram nenhuma evidência de demência ou danos às artérias vistos em doenças cardíacas.

A sequência do gene de W115 vai se tornar disponível para outros pesquisadores, para promover a causa da ciência. “O sequenciamento do genoma da mulher mais velha do mundo é um importante ponto de partida para entender como a variação de
DNA se relaciona com o processo de ter uma vida longa e saudável. Mas para realmente compreender a biologia subjacente de viver uma vida longa e saudável, centenas ou milhares de pessoas precisam olhar para esses genes”, comenta o Dr. Jeffrey Barrett.[BBC]

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