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Vulcões raros são descobertos na lua

Blindado para os olhos terrestres, o lado escuro da lua é o lar de um conjunto raro de vulcões adormecidos que mudou a face da superfície lunar.

Dados e fotos da sonda Orbital de Reconhecimento Lunar (LRO) da NASA revelaram a presença de vulcões de silicato, diferentes dos vulcões mais comum de basalto que abundam a superfície da lua.

Para os pesquisadores, encontrar outros tipos vulcânicos é interessante, pois mostra a complexidade geológica e a variedade de processos que operam nesse satélite. E, claro, como o vulcanismo de lá mudou com o tempo.

Como sua rotação foi afetada por forças da maré, apenas um lado da lua é visível da Terra. O outro lado – por vezes conhecido erroneamente como o “lado negro ou escuro” – estava escondido até 1959, quando a espaçonave russa Luna 3 tirou as primeiras fotos da região.

Quando uma sonda da NASA circulou lua em 1998, revelou uma planície situada entre duas antigas crateras de impacto. Conhecida como a região Compton-Belkovich, esta parte da Lua contém tório e outras rochas de silicato, o que sugere o envolvimento de atividade vulcânica.

A maioria dos vulcões, na Terra e fora dela, estão perto de outros vulcões. Mas o agrupamento na região Compton-Belkovich é isolado. Este pequeno complexo vulcânico ocorre longe da parte da lua onde a maioria da atividade vulcânica foi concentrada. É um quebra-cabeça.

Vulcões extintos não são incomuns. Os cientistas sabem há anos que os vulcões na lua formaram as grandes crateras escuras visíveis da Terra. No entanto, esses fluxos de lava basáltica são na natureza.

A equipe também pesquisou os tipos de pedras na planície. Pouquíssimos minerais têm um espectro infravermelho que podem explicar os vulcões não basálticos. As rochas encontradas eram ricas em silicato.

Os pesquisadores sabiam que a região tinha um teor elevado de tório. Agora eles podem garantir que esse teor está relacionado com o vulcão silícico.

A visão é completa do vulcanismo na área. Não há crateras de impacto, o que revela muito sobre sua idade.

O início da vida do sistema solar era violento, com rochas marcando a superfície dos planetas e suas luas. Os objetos que não possuem essas cicatrizes provavelmente foram formados após as coisas se acalmarem.

Os pesquisadores estimaram que a idade do vulcão raro da lua é de cerca de 800 milhões de anos. Isso estende a atividade vulcânica da lua por 200 milhões de anos.

A descoberta de vulcões não basálticos mostra que a lua tem uma composição mais diversa do que se imaginava.[Space]

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