8 imagens incríveis do concurso “Arte de Ciência” de Princeton

Por , em 21.05.2013

Todos os anos, a Universidade Princeton (EUA) escolhe as melhores imagens para o concurso “Art Of Science”, uma exposição que explora a interação entre ciência e arte. Confira algumas das melhores fotografias de 2013:

1. “Leste-Oeste, Oeste-Leste”, por Martin Jucker (Programa de Ciências Atmosféricas e Oceânicas) – Primeiro Lugar do Júri

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Este não é um mundo alienígena – é uma representação dos ventos que viajam de leste a oeste (em azul) e oeste a leste (em vermelho) aqui na Terra. Os ventos em torno do nosso planeta são preferencialmente dirigidos dessa maneira, ao invés das direções norte-sul. Como resultado, os fenômenos atmosféricos podem viajar ao redor do globo, mesmo em lugares remotos, facilmente.

2. “Malha mensageira”, por Shawn C. Little (estudante de pós-doutorado), Kristina S. Sinsimer (estudante de pós-doutorado), Elizabeth R. Gavis (corpo docente) e Eric F. Wieschaus (corpo docente) do Departamento de Biologia Molecular – Primeiro Lugar do Povo

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A foto ilustra o que ocorre em um ovário de mosca da fruta, que consiste de cerca de 100 câmaras de ovos. Cada câmara contém 15 “células enfermeiras”. Estas rodeiam o oócito, ou óvulo, que acabará por se transformar em uma mosca da fruta bebê. As células enfermeiras sintetizam moléculas de RNA que são finalmente depositadas no oócito. Na imagem, é possível ver quatro células enfermeiras. Cada ponto vermelho ou verde é uma molécula de RNA individual, que é produzida a partir de DNA (em azul). As moléculas de RNA se misturam em uma rede que lhes permite mover de uma célula enfermeira para outra e, em seguida, para o ovo em desenvolvimento (que não vemos nesta imagem).

3. “Fechando a lacuna”, por Jason Wexler (estudante de graduação) e Howard A. Stone (corpo docente) do Departamento de Engenharia Mecânica e Aeroespacial – Segundo Lugar do Povo

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Quando gotas de líquido ficam presas em uma fenda fina entre dois sólidos, uma forte pressão negativa se desenvolve no interior das gotas. Se os sólidos são flexíveis, esta pressão as deforma para fechar a lacuna. No experimento feito pelos pesquisadores, os sólidos são transparentes, o que permite a visualização das gotas de cima. Linhas claras e escuras alternantes representam as linhas de altura da lacuna constante,. Estas linhas são causadas pela interferência de luz, que é o fenômeno responsável pelo padrão de arco-íris em uma mancha de óleo. As zonas azuis indicam a extensão das gotas. Uma vez que as gotas “fecham” a fenda, as áreas de altura de lacuna mínima (isto é, deformação máxima) ficam dentro das gotas, no centro dos anéis concêntricos.

4. “Vórtices de luz”, por Mitchell A. Nahmias (estudante de graduação) e Paul R. Prucnal (corpo docente) do Departamento de Engenharia Elétrica

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Redes de fibra óptica têm transformado comunicações globais ao mover bits de informação digital ao redor do planeta na velocidade da luz. Através da combinação de lasers com redes neurais artificiais, podemos um dia ser capazes de criar processadores de alta velocidade que reagem aos dados recebidos muito mais rápido do que os computadores atuais podem fazer.

Nossos cérebros são compostos de bilhões de células individuais chamadas neurônios, que se comunicam ao longo de milhões de bilhões de canais com sinais eletroquímicos. Este modelo de computador feito pelos pesquisadores visualiza um laser que se comporta como um neurônio. Observe que as linhas convergem para dentro do redemoinho em pontos de equilíbrio estáveis, indicando que o laser irá se estabilizar ao longo do tempo. Estudar essas trajetórias pode nos ajudar a entender como os nossos dispositivos emitem e recebem pulsos de luz, que imitam a maneira pela qual os neurônios se comunicam.

5. “Ponto de vista do fóton”, por Emily Grace (estudante de graduação), Christine Pappas (estudante de graduação), Benjamin Schmitt (Universidade da Pensilvânia), Laura Newburgh (estudante de pós-doutorado) do Departamento de Física

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O universo explodiu 14 bilhões de anos atrás e, até hoje, um resquício desta explosão ainda é visível. O grupo do Departamento de Física de Princeton, em colaboração com outras instituições, mede essa luz em um local alto no deserto do Atacama, no Chile. Eles usam “detectores” especiais, com antenas para capturar os comprimentos de onda não visíveis. Esta fotografia mostra as pequenas estruturas que permitem que partículas de luz sejam canalizadas para as antenas.

6. “Rato bebê”, por Celeste Nelson (corpo docente) e Joe Tien (professor visitante) do Departamento de Engenharia Química e Biológica

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A rede de vasos sanguíneos, conhecidos como sistema vascular, liga todos os tecidos e órgãos do corpo. Imagens confocais nos dão a oportunidade de ver esse sistema, iluminando todo o corpo com luz fluorescente e proporcionando uma imagem translúcida. Este mosaico oferece uma visão inteira de um embrião de rato. Aqui o sistema vascular, em vez de aparecer em um vermelho-sangue familiar, é representado pela cor verde. A cor azul representa o DNA que irá dirigir o crescimento do embrião.

7. “Morador de labirinto”, por Chhaya Werner do Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária

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Esse rostinho lhe espiando de um labirinto de corais é de um peixe caboz. Esse peixe é dependente do coral onde mora e, por sua vez, muitas vezes o limpa das algas que poderiam sufocá-lo. Chhaya tirou essa foto durante uma pesquisa de campo no Panamá, para um projeto sobre a ecologia dos recifes de coral, com foco na interação entre os corais, algas e ouriços do mar.

8. “C. instagram”, por Meredith Wright do Departamento de Biologia Molecular

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A imagem mostra vermes Caenorhabditis elegans (C. elegans) armazenados em placas de agar cobertas com uma camada de bactérias E. coli como fonte de alimento. Às vezes, quando os C. elegans consomem todas as bactérias, começam a se aglutinar como pode ser visto nesta foto. “Eu achei o padrão desta placa particularmente bonito, e fui capaz de capturá-lo com o meu celular, mantendo a lente da câmera do meu telefone na ocular do microscópio. Eu compartilhei a foto em sites de redes sociais e amigos que nunca estiveram interessados em biologia me perguntaram mais sobre meu trabalho por causa dessa imagem. Para mim, ela representa o simples prazer de encontrar algo bonito quando você não espera, e mostra como é fácil conectar a ciência com novos públicos apenas clicando em ‘compartilhar”, disse Meredith.[io9, ArtOfScience]

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