Foi provado: o amor é um vício, mas tem cura

Por , em 8.07.2010

Sofrer muito por amor pode ter uma razão biológica. Uma nova pesquisa do cérebro sugere que superar um romance pode ser semelhante a superar um vício.

O estudo é um dos pioneiros a examinar o cérebro de uma pessoa recentemente dispensada que têm dificuldade de esquecer seu relacionamento. Pesquisadores descobriram que quando homens e mulheres com o coração partido olham para as fotografias dos antigos parceiros, certas regiões do cérebro são ativadas que os associam com recompensa, desejo, controle das emoções, sentimentos de apego e de dor física e angústia.

Os pesquisadores dizem que a resposta do cérebro à rejeição romântica pode ter uma base evolutiva. Nosso cérebro desenvolveu circuitos para o romance há milhões de anos, para permitir que os nossos antepassados concentrassem sua energia em apenas uma pessoa e iniciassem um processo de acasalamento. Quando você é rejeitado no amor, você perde o maior prêmio da vida, que é um “parceiro de acasalamento”. Ou seja, quando se é dispensado, provavelmente este sistema do cérebro é ativado, para ajudar a pessoa a tentar conquistar seu amor de volta.

O estudo com os recentes “dispensados” mostrou que quando eles visualizam seu ex-amado, estimulam uma região do cérebro chamada área tegmental ventral, envolvida na motivação e recompensa.

Trabalhos anteriores demonstram que essa região é também ativa em pessoas que estão loucamente apaixonadas. Isso faz sentido, porque não importa se está feliz ou infeliz no amor, você ainda está apaixonado.

Outras regiões do cérebro, conhecidas por serem associadas com o vício da cocaína e intensa dependência do cigarro, também foram ativadas.

Por outro lado, os investigadores encontraram algumas boas notícias para os romanticamente rejeitados: parece que o tempo cura. Quanto mais tempo passou desde a separação, menos atividade havia nessas regiões.

As áreas do cérebro envolvidas na regulação da emoção, na tomada de decisão e na avaliação também ativaram quando os participantes olharam as fotos. Isto sugere que estavam aprendendo a partir de sua experiência passada, avaliando suas perdas e ganhos e descobrindo como lidar com a situação. Isso parece ser saudável para o cérebro, pensar sobre a situação de forma mais ativa e tentar amadurecer. [LiveScience]

14 comentários

  • Marcio:

    Estou sofrendo por amor há 10 meses, não tenho a mínima idéia de como me livrar disso, ela simplesmente não me sai da cabeça, quando a imagino com outro então, quase choro de tristeza.

  • Antonio Marco Vieira:

    O amor é droga muito potente.Eu fui contaminado no período de uma semana,e agora, eu estou procurando uma clínica para me recuperar.

  • eu:

    Se aqui diz que o amor é um vício, e aqui…
    https://hypescience.com/nova-definicao-medica-vicio-agora-e-doenca/
    … diz que um vício é uma doença…
    peraí, o amor é uma doença? :O

  • Rosângela:

    Dear HypeScience
    Boa a colocação de ***sweetgirl***, podemos esperar matéria “about”?

  • ***sweetgirl***:

    E quem explica o amor platônico?
    Como é possível sentir falta de alguma coisa que nunca teve?…

    • Marcio:

      É exatamente o que eu gostaria de saber, pode rir se quiser, mas o pior de tudo é que nem a conheço pessoalmente, ela é famosa, parece frescura, mas só eu sei o que tenho passado.

  • rachel castro:

    de qualquer forma foi ótimo ler esse assunto.Assim, nos sentimos mais confortados, e não continuamos a pensar que além de traídos, somos tão débeis, tão idiotas por chorar o tal leite derramado.

  • rachel castro:

    tudo que posso dizer é: dóooi muuuiito! Enfim, adelante, pois acho que morrer de amor já é demais. É que quando amamos esquecemos o resto.Depois que termina, temos que ir voltando à real devagarinho. Oh, céus! Se, por acaso,é no casamento a coisa, então, lute por manter seu amor.Ficar sozinho é uma coisa um pouco amarguenta e frustrante. Filhos s vão; …. – cadê o amigos?, – cadê os irmãos, a família? pais morrem e vc fica lá sozinho, nas noites de sábado. Oh …. !!!! Tem que lutar para manter, compreender, dar mão à palmatória vez que outra etc…. Como disse o compositor: noutra pessoa nova, defeitos e virtudes que se repetem. Alguém tem que ceder no campo dos amores.

  • Matreiro:

    Mas não explica o amor platônico.

  • Rogério:

    Foge um pouco do assunto, mas anos atrás eu li “o vermelho e o negro” de Stendhal e, no final do livro, o Protagonista Jullien Sorel é executado e uma de suas amantes, Louise, simplesmente morre dias depois. desde então fico pensando se é possivel morrer por dor de amor. Tem algum post sobre isso?

  • Rogério:

    Realmente, o amor é viciante. tanto que sofremos por ele, choramos e, quando acaba não descansamos até encontrar um novo.

  • Rosângela:

    Sabemos que ” meu coração me diz que te amo” é uma metáfora e a metáfora afasta-se do raciocínio lógico,objetivo.Nossas emoções são estimuladas em alguma região do nosso cérebro.
    Quanto ao resultado da pesquisa “parece que o tempo cura” quem já amou e sofreu por amor sabe que isso não é novidade.

  • Wesley:

    O amor adulto se alimentar de fantasias, de beleza, de gentileza, de segurança e de prazer.
    Existem motivos evolutivos para que desejemos específicos tipos de criaturas.
    E é comum nos sentirmos atraído por determinados traços físicos, temperamentos ou mesmo certas partes do corpo das parceiras.
    Todavia, na “seleção sexual” é difícil pagar o preço necessário para ficar com quem se deseja. Assim como, superar os concorrentes.
    E o macho que consegue se acasalar com a fêmea que considera atraente ou que lhe proporciona algum tipo de vantagem em relação às outras da mesma espécie, seria um vencedor.

    Outra coisa, o “namoro” que começou como paixão e desejo, se não se adaptar as dificuldades e aos desafios da vida de casado, e virar uma profunda amizade, ou um companheirismo, acabará se transformando em tédio, ou mesmo num inimigo intimo que precisa ser vencido a qualquer custo…

    Na música “Foi Assim”, o Lupicínio Rodrigues lamente que “Quem aparece no meu caminho tem sempre os defeitos iguais”… http://letras.terra.com.br/lupcinio-rodrigues/588242/

    Mas não se trataria de “destino”, “azar” ou “alguma coisa mais”, como o poeta questiona, e sim que, cada tipo específico de individuo tem os mesmos “defeitos” e as mesmas qualidades.
    Ou seja, a única forma de ser feliz no casamento seria escolhendo um parceiro com um perfil compatível com o nosso, e depois sustentar a relação sem reclamar e sem colecionar mágoas.

  • Tony:

    Ei, esse anúncio de propaganda fica na frente e não da nem pra ler o texto direito! Comé-que-se-tira isso?

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