Tatu gigante é fotografado

Por , em 28.09.2011

Um tatu gigante raro foi visto por pesquisadores aqui na área central do Brasil. Pouco se sabe sobre esses mamíferos misteriosos, que podem atingir cerca de 1,5 metros de comprimento e pesar até 50 quilos.

Já há algum tempo, a espécie noturna, de vida solitária, é um desafio considerável para os cientistas que desejam estudá-la.

Conservacionistas agora esperam aprender mais sobre esses animais utilizando armadilhas fotográficas automáticas. Até duas vezes o tamanho das espécies mais familiares, os tatus gigantes (Priodontes maximus) são conhecidos por viver na floresta intacta perto de fontes de água na América do Sul.

Mas a espécie tem uma distribuição desigual e passa o dia em tocas subterrâneas, por isso raramente é vista.

Pesquisadores passaram 10 semanas intensivamente buscando os mamíferos em uma região do Pantanal, uma das maiores áreas úmidas do mundo abrangendo o Brasil, Bolívia e Paraguai.

Usando câmeras especiais, a equipe foi capaz de captar imagens raras dos animais, que podem ajudar nos novos estudos.

As fotos permitem visualizar melhor a compreensão da história natural da espécie e, talvez, compreender as razões ecológicas de por que os tatus gigantes são tão raros.

A União Internacional para Conservação da Natureza lista o mamífero como vulnerável, com ameaças de caça e destruição do habitat, causando declínio da população. [BBC]

41 comentários

  • Hilana:

    Oi, moro no Piauí e a carne do Tatu aqui é bastante apreciada, os famosos “pebas”. Nunca ouvi falar dessas espécies gigantes por aqui não. Achei tão interessante! Gostaria de ver um! 🙂

    • Ezio Jose:

      Caçar peba em cemitérios é muito próspero. Eles preferem essas áreas.

    • João Alberto:

      Prefiro o tatu folha.

    • claudemir da silva:

      descoberta sensacional

  • Walfrido Lourenço de Souza:

    Quem coloca em dúvida a existência desses tatus em Campo Grande é por falta de conhecimento pois não é do seu tempo. Mas eu, que sou um “véio” habitante de Campo Grande sei que existiam em quantidade aqui, tendo desaparecido com a maldita caça predatória. Mas urge que os responsáveispela preservação das espécies tomem medidas para a salvação dos remanescentes.

    • Ezio José:

      Inteligente seu comentário. Alguém colocou dúvidas sobre a existência desses tatus em Campo Grande? Ou apenas disse que Campo Grande está para mais de 500m de altitude? O Pantanal está pouco acima acima do nível do mar, ou seja entre 90 à 180 metros.
      O animal mais difícil de se ver no Pantanal é o tatu canastra. Tem, mas é uma raridade. Conheço o Pantanal e quase todas as cidades do Estado de Mato Grosso do Sul e várias do Estado de São Paulo. No Paraná, conheço Curitiba, Morretes, Antonina e Cascavel. No Rio Grande Sul, Porto Alegre.

  • dilton:

    a muitos anos atras vi uma reportagem no globo rural e eles tinham a foto do tatú gigante.

  • Rock:

    Aqui na região (RS)tem uns túneis que a criançada entrava. É nos barrancos de terra vermelha compactada. Diziam que eram tocas dos índios. Mais tarde publicaram ser paleotocas ou tuneis cavados pelos tatus gigantes de 10.000 a milhões de anos. Era uma variedade menor de Gliptodonte (não sei se então tem outro nome. Os maiores gliptodontes mediam cerca de 3 metros de comprimento e pesavam cerca de 1,4 toneladas. Um fusca. Sua carapaça era usada como abrigo

    • Jonatas:

      Isso que é tatu de responsa… Não achei que fossem tão grandes… Devia ser uma época de vegetação muito fértil pra existirem animais tão grandes…

    • Glauco:

      Ixi, mais do q vc imagina. Nossos índios comiam mamutes e fugiam de tigres-dentes-de-sabre nessa época! Deveriam haver mais espécies de animais gigantes nessa época do que os restos que nós encontramos.

    • João Alberto:

      Havia outros animais gigantes como o Megatério, a preguiça com 4 metros da altura. Há evidências de que uma pequena população tenha sobrevivido nas ilhas de Hispaniola e Cuba até cerca de 1550. A teoria mais aceita é que por serem animais lentos eram presas fáceis para os nativos, que deviam se banquetear.

  • wellington goncalves:

    Põxa…porque não disseram que o nome desse tatu é Canastra ?
    Bem já comi muito tatus por aí…mas li que eles transmitem a lepra…arghhh…tô fora.

    • Glauco:

      Esse é o canastra??

      Eu vi essa matéria sobre lepra a pouco tempo atrás tb, muito bem lembrado… não sei se é verdade, mas pelo menos afasta as pessoas de caçar esse bicho fofinho.

    • MrStassi:

      se for cantar mamonas em um site de matéria científica, pelo menos cante certo amsuahusah

  • Tyr:

    Ótima matéria.
    Aqui na minha região (interior de Sampa, próximo a Minas Gerais) existem alguns. Conhecemos por tatu Canastra. Cerca de 20 anos atras um foi capturado próximo ao Rio Grande. 150 kg, comprimento não sei dizer.

  • EltonPaes:

    Eu moro aqui no pantanal, em Campo Grande, e to achando que esse tatu ta fazendo uns buracos no meio do asfalto, porque o tamanho das crateras… ta foda…

    • Ezio José:

      Inacreditável. Campo Grande está a mais de 500 metros de altitude! Se fosse em Miranda ou Corumbá poderia acreditar. Os tatus que fazem buracos em Campo Grande devem ser os pebas ou rabo-de-sola pululam a internet com palpites inexoráveis.

  • Nik:

    Vendo como os animais reduziram de tamanho da pré-história até os tempos de hoje tenho a IMPRESSÃO de que foi uma sacada da evolução para dificultar a predação pelo homem. (deu muito certo não)

    • Jonatas:

      Acho que a natureza optou por animais menores por que o oxigênio diminuiu de concentração, em tese com indícios, era mais abundante na atmosfera primitiva.

    • Nik:

      Sim, sim. Já li sobre isso, só que dá a impressão… xD

    • João Alberto:

      Bom, isso pode ser em relação aos dinossauros ou insetos gigantes. Mas, esses mamíferos se extinguiram muito recentemente, sendo mais provável que foram os homens os culpados.

  • Jonatas:

    Perdoem-me conservacionistas, mas um tatu assado é bom demais…

    • Cozinheiro:

      Receita de Tatu ensopado, ingredientes:
      – um tatu raro de um metro e meio protegido por lei;
      – 5 kg de batata inglês;
      – 8 kg de tomate, cebola, alho e manjericão;
      – pimenta, recomenda-se do reino;
      – advogado bem caro, pro caso do ibama te pegar…
      rende pra dez pessoas.

    • Anselmo:

      Já foi postado aqui mesmo no Hypescience: Comer tatu causa lepra! https://hypescience.com/comer-tatu-causa-lepra/. Com tanta coisa pra comer, querem comer tatu?! Bando de esfomeados! hahahahaha

    • Jonatas:

      ah essa não… to lascado…

    • EltonPaes:

      Parem com isso gente !!
      Comer tatu da dor nas costas !

      haha!

  • Glauco:

    Quem aqui já viu os buracos encontrados no Rio Grande do Sul, claramente feitos por tatus extintos a pouco tempo, do tamanho de vacas?? Aquilo é um tatu gigante de verdade, mas morreu junto de milhares de outras espécies gigantes, como ursos, tigres-dentes-de-sabre, cavalos, bisões, mamutes e preguiças gigantes. Os índios daqui, pelo visto, se alimentavam muito bem nessa época pré-glacial!

    Essa aí é uma das espécies sobreviventes desse período repentino de extinção em massa que a Terra passou a pouquíssimo tempo atrás…

    • Jonatas:

      Glyptodonte, um tatu enorme, até dois metros, devia pesar pelo menos 400 kg, mas era meio diferente dos de hoje, era mais redondão… Tu és gaúcho tambem? Eu sou de Santa Maria, na região centro.

    • Glauco:

      Não, sou de SP – interior. O mais perto que cheguei daí foi em POA, a trabalho. Sei desse tatu pq acompanho esse tipo de notícia desde os 5 anos de idade, hoje tenho 27. Fiquei chocado nessa época qdo descobri que os mamutes, bichos tão grandes e peludos, morreram congelados na Sibéria. Desde essa época eu sabia que um bicho desse tamanho nunca morreria congelado, a ponto de ter sua carne mantida fresca por milhares de anos, então sempre que eu podia me mantinha informado. Nessa época não tinha internet, as revistas científicas eram raríssimas no Brasil, e as bibliotecas que eu tinha acesso eram as de escola pública… portanto as fontes nem eram tão boas, mas pelo menos manteve minha mente atenta até o advento da internet.

    • Jonatas:

      Cheguei a ler uma vez sobre que resgataram células de um mammute congelado e queriam recriar o animal por algum tipo de insiminação numa elefanta. Mas como nunca mais vi nada a respeito acho que não passava de especulação…

    • Jonatas:

      também gosto de paleontologia. Acho mais interessante ainda as preguiças gigantes. Quem sabe alguns exemplares sobreviventes tenham dado origens a ledas indígenas antigas, como o mapinguari…

    • Glauco:

      Não… não acredito nisso. Os índios vivem na floresta, conhecem cada animalzinho existente por seu nome. O mapinguary da lenda tem a boca no meio do peito, uma cabecinha pequenininha, é fedido até a alma, grita com voz humana e é antropófago. A única coisa que bate com a descrição de uma preguiça são os pelos espessos e as garras enormes.

      Como sou ocultista e sei que animais fantásticos existem – inclusive alguns perigosíssimos -, acho muito mais provável que esse monstro seja do tipo que só aparece em nosso mundo em condições específicas. Essas condições específicas são exatamente as que os índios indicam: não cace animais aos domingos. Para um não ocultista isso é mais ridículo do que a história do próprio bicho, mas para quem conhece as ciências ocultas, sabe que vibrações poderosas podem surgir de pequenos atos. Ainda mais num ambiente selvagem como o das florestas…

    • Glauco:

      Bem… eu acredito em monstros =P.

    • Jonatas:

      ossos de dinosauros devem ter originado a lenda dos dragões. Quem saberá de onde vem a lenda do mapinguari, do caipora, do boitatá… quem precisa de pé-grande e abominável homem das neves, quando temos tão belas lendas em nosso folclore…

    • Jonatas:

      Animais fantásticos seriam realmente… fantasticos… Desculpa se eu dizer besteira glauco mas so bem leigo em ocultismo. Mas me lembro, de fato numa reportagem de busca do mapinguari que passou no natgeo, os proprios indios intrevistados o descreveram como uma criatura que não poderia ser encontrada, porque não pertence ao nosso mundo, e entra em nosso meio de alguma forma. Quais segredos esses povos ainda terão? É um mundo misterioso. Quando pensamos que índios só fazem dança da chuva e vendem balaios na beira do asfalto, ao conhece-los vemos que temos mais a aprender com eles do que eles conosco…

    • Jonatas:

      Glauco, independente de ser mito ou não, acho que esse mapinguari tem uma descrição tão assustadora que seria perfeito pra um filme de terror… Se eu visse, ouvisse ou sentisse o cheiro como o descrevem ficaria apavorado. De verdade mesmo não to brincando. Nem nos melhores filmes de monstro vi uma criatura tão assustadora…

    • Jonatas:

      Acho o mapinguari mais assustador que qualquer monstro já feito na história do cinema…

    • Glauco:

      Pelos testemunhos, o mapinguary é uma das últimas coisas que você vê antes de morrer =P. Ele começa a te devorar pela cabeça! Bixo horrível!!

    • Jonatas:

      Quando falou ” Os índios daqui, pelo visto, se alimentavam muito bem nessa época pré-glacial!” me venho uma luz pra uma antiga questão. A de porq os índios sul-americanos eram tão mais familiarizados com a caça e a pesca do que com a agricultura? Simples resposta né? Isso vem de uma fauna muito rica até recentemente. Por outro lado os nativos centro americanos, africanos e europeus se viram obrigados a desenvolver a agricultura.

    • Glauco:

      Eu ainda não havia pensado nisso. Faz muito sentido!

    • João Alberto:

      Jonatas, outro problema foi o isolamento de outras culturas. É muito provável que os nativos das América vieram pelo estreito de Bering. No entanto este caminho derreteu com o fim da era glacial. A partir daí os índios foram descendo p/ o sul onde era mais quentinho. Enquanto, do outro lado do mundo os africanos, europeus e asiáticos mantinham contato. Os povos de cá ficaram “sozinhos” até as chegadas dos portugueses.

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