Teoria Orch OR: descoberta de vibrações quânticas cerebrais apoia teoria controversa sobre a consciência

Por , em 20.01.2014

Uma das hipóteses para explicar a consciência mais controversas surgidas nos últimos 20 anos foi criada pelo físico-matemático Sir Roger Penrose. Segundo ela, a consciência seria o resultado de fenômenos quânticos acontecendo ao nível dos neurônios.

A Teoria Orch OR

Esta hipótese ou teoria tem sido muito criticada. Um dos problemas alegados seria que o cérebro é um ambiente muito úmido, quente e ruidoso para que fenômenos como coerência quântica se manifestem. No entanto, já foram demonstrados fenômenos quânticos na orientação das aves, na fotossíntese, e no nosso sentido olfatório.

Em uma revisão de 20 anos da teoria “Orch OR” (Orchestrated Objective Reduction, ou Redução Objetiva Orquestrada), os autores Stuart Hameroff e Sir Roger Penrose afirmam que, das 20 previsões testáveis da teoria, 6 foram confirmadas, e nenhuma foi refutada.

A mais recente confirmação, segundo os autores, foi a descoberta de vibrações quânticas em microtúbulos dentro dos neurônios. A descoberta, realizada por um grupo de pesquisadores liderados por Anirban Bandyopadhyay, do Instituto Nacional de Ciências Materiais em Tsukuba, Japão (e atualmente trabalhando no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA) sugere que os ritmos observados em eletroencefalogramas (EEGs) derivam de vibrações em microtubos.

Outro trabalho, feito pelo laboratório de Roderick G. Eckenhoff, na Universidade da Pensilvânia (EUA), sugere que a anestesia, que desliga de forma seletiva a consciência, ao mesmo tempo que mantém as atividades não conscientes do cérebro, também atua via microtúbulos nos neurônios cerebrais.

Os microtúbulos, vibrando na frequência de megahertz, acabam gerando padrões de interferência, ou “batimentos” em frequências menores, batimentos estes que aparecem nos EEGs. Em testes clínicos, o cérebro foi estimulado com ultrassom transcraniano, e foram relatadas melhoras de humor, que talvez venham a ser úteis no tratamento de Alzheimer e danos cerebrais no futuro.

Os autores Hameroff e Penrose afirmam que, depois de 20 anos de críticas céticas, “a evidência agora claramente apoia a Orch OR”. Eles acreditam que tratar as vibrações dos microtúbulos cerebrais poderá trazer benefícios a várias funções mentais, neurológicas e cognitivas. [Science Daily]

11 comentários

  • Edson Carvalho:

    Que ótimo! Finalmente a ciência, graças à física quântica, está alcançando também a espiritualidade.

    Já é tempo dessas mudanças chegarem. Muito bom!

    • João Costa:

      Está mesmo? Onde? Quando? Vocês não se mancam mesmo, não é?

    • VoceMesmo Seu Sobrenome:

      Interessante. Eu não vi nada ali que possa estar de alguma forma relacionado diretamente a espiritualidade.

  • Hugo Machado:

    http://beyondblindfold.com/human-emotions-mapped-for-the-first-time-shows-where-we-feel-love-fear-and-shame.html

  • Aparecida Grigório:

    Valido! Que as pesquisas progridam e as possamos usar em tratamentos mais eficazes. Engraçado, me recorda muito Martha Rogers e a teoria homeodinâmica.

  • Eduardo Araújo:

    De acordo com a Teoria M há vibrações em tudo, até porque tudo seria o resultado da vibração das “super cordas”. Daí para escrever um livro de auto-ajuda provando que se você mentalizar o bastante poderá modificar a realidade física e acertar a mega-sena acumulada é só um pulinho.
    Os fenômenos quânticos tem uma característica muito interessante: costumam se anular mutuamente quase instantaneamente, sendo assim indiferentes nas escalas de medida com as quais estamos acostumados a viver; ou seja funcionam no microcosmo mas são indiferentes no macro.
    Não podemos sair dizendo que a consciência humana interfere na realidade impunemente; podemos dizer que “pode”, até provarmos ou refutarmos, mas sempre devemos nos ater ao método científico.

  • luysylva:

    se a consciência não faz parte da matéria ela continua depois da morte.

    • Eric Musashi:

      Quanto desespero para continuar depois da morte!

    • Edson Carvalho:

      Fato!
      Afinal, no universo nada se perde, tudo se transforma.
      Somos muito mais do que a mente e a matéria.

    • Rubens Cambella:

      A consciência é produzida pelo cérebro, logo, se o cérebro para de funcionar, a consciência automaticamente se extingue, o resto, é conversa fiada para religiosos encherem os seus livros de fábulas e parábolas.

    • alekos eleftherios:

      A energia continuará, mas a consciência humana não, precisamos do corpo para ser humanos, somos humanos devido evolução. O ser consciente é dependente do cérebro, logo que pessoas que sofrem lesões cerebrais acabam perdendo capacidade de analisar, tomar decisões, memorias. Realmente duvido que saberei estar na eternidade, o nada. Parte da consciência irá com o corpo, mas parte dela pode ser quântica, mas não será humana, será singular ao nada.

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