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12 ideias ambiciosas da Nasa para melhorar a exploração espacial

Há um tempo, a agência espacial norte-americana NASA anunciou os premiados do seu Programa de Inovação em Conceitos Avançados (NIAC, na sigla em inglês), programa por meio do qual ela financia projetos um pouco mais ambiciosos do que o habitual – um candidato anterior pretendia construir satélites que emitissem energia para a Terra.

As propostas deste ano são bastante incríveis também (entre elas, o voo perpétuo e o pit stop espacial). Os grupos já receberam, com um ano de antecedência, 100 mil dólares (cerca de 230 mil reais) para provar que os projetos têm seus méritos. Depois disso, eles voltarão a ser considerados para o estudo da Fase II, que distribui 500 mil dólares (1,160 milhão de reais) para o período de dois anos. Confira o que esse pessoal tem em mente:

12. Animação suspensa


Seria ótimo se os astronautas pudessem se deitar em um foguete, tirar um cochilo e acordar em Marte, mas ainda não fomos capazes de alcançar o sonho da animação suspensa (ou seja, a desaceleração dos processos fisiológicos vitais por meios externos sem levar à morte), por meio da qual os viajantes do espaço poderiam ficar inconscientes, mas saudáveis.

Mesmo assim, continuamos perseguindo essa ideia. A NASA está dando dinheiro para empresa aeroespacial Space Works Engineering imaginar como será esse futuro, fornecendo “um projeto completo de uma missão a Marte”. A imagem ilustra o que seria o “habitat da transferência de torpor de indução” – ou seja, o lugar onde você cochilaria até chegar a Marte. O futuro parece… apertado.

11. Propulsão de fissão e fusão


A energia de fusão, criada a partir de dois núcleos atômicos, ainda não é exatamente uma fonte de energia confiável. Porém, sistemas de energia de fissão e fusão combinados, nos quais a reação entre ambos é usada como uma fonte de força, já têm sido utilizado em armas desde os anos 1950.

Esta proposta quer ampliar essa ideia, transformando-a em uma estrutura capaz de criar a energia necessária para impulsionar um foguete para fora de nossa atmosfera. Os criadores dizem que o projeto “proporcionaria uma melhoria radical na nossa capacidade de explorar destinos em todo o sistema solar e além”.

10. Sondas espaciais planas


Eis provavelmente a primeira ideia proposta pelos criadores envolvidos no NIAC que se tornará realidade: as sondas espaciais em 2D, ou seja, planas. A proposta – que é basicamente uma pipa marciana – seria começar com uma série de painéis planos amarrados juntos. Uma nave espacial então deixaria os painéis caírem enquanto sobrevoassem planetas.

A bordo de cada uma das sondas, haveria “uma variedade de sensores de sondagem para procurar planetas e corpos, geradores de energia e capacidade de telecomunicação”, dizem os criadores. E um extra: pipas divertidas com as quais as crianças marcianas podem brincar.

9. Pequenos satélites para explorar o sistema solar


Os Cube Sats são pequenos satélites, do tamanho de uma caixa de papelão, que podem ser enviados para a órbita terrestre de maneira muito econômica. Nunca tinham explorado muito a vizinhança espacial da Terra, uma vez que geralmente apenas pegam carona em foguetes indo para o espaço.

Entretanto, um sistema de propulsão diferente poderia enviá-los para regiões mais distantes do sistema solar. Esta proposta sugere o uso de um sistema de propulsão térmica e elétrica combinada para transportar os satélites para outros planetas – o que seria astronomicamente mais barato do que mandar uma nave espacial convencional.

8. Pit stop espacial


A proposta tem o objetivo de construir uma estrutura orbital no lado mais distante da lua para fornecer “água para proteção, irrigação e apoio à vida, terra para o desenvolvimento de ecossistemas, além de permitir a manutenção estrutura e melhorias”.

Na verdade, não se trata do primeiro projeto do gênero já proposto, mas há ainda um longo caminho para ser percorrido, considerando que o local onde se planeja instalar essa estrutura é a região mais distante para a qual uma nave espacial tripulada já foi enviada.

7. Voo perpétuo


O voo perpétuo é autoexplicativo e quer dizer isso mesmo que você está pensando: uma aeronave que, teoricamente, voa durante anos sem precisar tocar o chão. “É o futuro!”, dizem os idealizadores. Este plano é diferente de outros no que diz respeito à redução do peso estrutural do avião, que pode chegar a 50%.

6. Mapeamento de asteroides


É possível fazer mapas a distância de elementos geográficos como vulcões apenas pelo monitoramento de como eles interagem com raios galáticos – então por que não fazer o mesmo com asteroides?

Uma proposta sugere a criação de novos “instrumentos para naves espaciais, análise de dados e métodos de monitoramento de imagem” para tornar possível uma visualização mais profunda de asteroides e cometas. Essas informações podem ser úteis para os cientistas, e os autores dizem que tal projeto seria “necessário para o desenvolvimento de estratégias de defesa planetária”.

5. Bioimpressão


Um fato consumado sobre Marte: existem poucos suprimentos lá. Mas como seria se, em vez de ter que transportar alimentos e outros produtos essenciais a bordo de uma aeronave, os viajantes espaciais pudessem imprimir comida, e até mesmo tecido humano, sob demanda? A NASA financiou essa ideia, que foi incluída neste lote de projetos. É esperar para ver – e comer.

4. Mais satélites manobráveis


Naves espaciais pequenas (e, consequentemente, mais baratas) poderiam ser úteis para missões especiais da NASA, mas há um problema: os sistemas de propulsão atuais as tornam difíceis de serem manobradas.

Uma solução proposta é usar plasmônica, um campo de nanofísica utilizado para transmitir informações em alta velocidade com a vantagem das proporções dimensionais pequenas. No caso deste projeto, a tecnologia permitiria fornecer energia às naves, “fazendo com que as missões de exploração e ciência da NASA cheguem aonde antes era impossível”.

3. Robôs exploradores de alta tecnologia


Para tirar o máximo proveito de robôs que exploram a superfície de corpos celestes, uma proposta sugere o uso de “Transformers”, robôs cuja plataforma pode se modificar de acordo com a necessidade, que podem ajudar em diversas missões.

“Em grandes áreas, eles podem refletir a energia solar, aquecer e iluminar os alvos, além de alimentar painéis solares, monitorar movimentos e agir como retransmissores de telecomunicações”, dizem os envolvidos no projetos. Esta última função se mostra bem importante, uma vez que a situação deve ficar muito solitária em Marte.

2. Telescópio-balão


Eis aqui a mistura de uma tecnologia nova com outra nem tão nova assim. Segundo os idealizadores, a ideia consiste em “um refletor inflável, metade revestido de alumínio esférico, implantado dentro de um balão transportador muito maior – de pressão zero ou de superpressão”.

Seguindo esse esquema, o telescópio-balão suborbital poderia tanto olhar em direção ao espaço, quanto se voltar para a Terra. O objetivo é similar aos nossos amigos robôs exploratórios do item acima: “monitoramento remoto e atividades de telecomunicações”.

1. Satélites mais finos


Em vez de produzir satélites com sensores relativamente volumosos, este projeto busca utilizar avanços na área de ótica para criar sensores feitos de milhões de “interferômetros [aparelhos usados para medir ângulos e distâncias aproveitando a interferência de ondas eletromagnéticas que ocorrem quando interagem entre si] de luz branca”. Esses interferômetros, por sua vez, acusam ondas invisíveis. Os satélites resultantes desse processo dariam à NASA alternativas de menor massa para estruturas maiores, como telescópios espaciais. [Pop Sci]

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