De acordo com uma pesquisa realizada na Holanda, pessoas que se sentem mal com cheiros inofensivos não têm birra, apenas uma percepção olfativa diferente de outras pessoas. De acordo com a pesquisadora Paticia Bulsing, o cheiro é detectado mais rapidamente pelo cérebro, além de processado mais profundamente. Além disso, se você espera se sentir enjoado com um cheiro, ele realmente fará com que você se sinta enjoado.
Segundo a pesquisadora, a percepção inconsciente de odores pode ter um papel importante nas reações que sofremos com diferentes cheiros. Sua pesquisa descobriu, por exemplo, que as pessoas associam certos odores com doenças, e experiências pessoais têm uma influência grande sobre o modo que o cérebro processa odores.
Se um alimento fez com que você se sentisse mal, é normal que não tolere o cheiro daquela comida por um tempo. Uma experiência semelhante foi realizada por Bulsing com voluntários: toda vez que um certo odor era sentido pelos participantes, ele era acompanhado por um estímulo dolorido no nariz. Assim, os voluntários associavam o cheiro à dor.
A psicóloga analisou o que acontece no cérebro quando as pessoas inalam o odor que associam com a expectativa da dor. Assim, Bulsing conseguiu observar que o cérebro processa a informação muito mais rapidamente quando a pessoa espera pela dor. Cheiros desagradáveis e ligados à dor também fizeram com que o cérebro processasse a informação mais intensamente, gastando mais energia na informação. De acordo com Bulsing, isso prova que, quando as pessoas acreditam que o odor poderá causar dor, o cérebro processa o cheiro de maneira muito diferente.
Muitas vezes em ambientes de trabalho pessoas que se sentem nauseadas com odores são caracterizadas como quem imagina uma doença, mas Bulsing agora demonstra que este não é o caso. A pesquisadora afirma que a associação subconsciente entre o odor e o mal-estar indica que as pessoas ligam o cheiro a sinais de alerta do corpo. [Science Daily]