A substância bisfenol A, utilizada para endurecer o plástico utilizado em embalagens e garrafas, pode causar disfunção erétil e outros problemas sexuais em homens. O contato regular com altos níveis da substância pode ter relação com estes problemas e traz mais controvérsia à regulamentação do uso do bisfenol A.
O estudo que traz as novidades sobre a substância foi realizado com trabalhadores do sexo masculino em fábricas na China que produzem ou utilizam o bisfenol A. Estes trabalhadores relataram taxas quatro vezes maiores de disfunção erétil, sete vezes mais dificuldade para ejacular e diminuição do desejo sexual quando comparados com um grupo de controle.
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A substância é encontrada em milhares de produtos utilizados diariamente, como embalagens plásticas de bebidas, e é usada até em mamadeiras para bebês. Em 2008, alguns fabricantes deste produto retiraram o bisfenol A da formulação do plástico de mamadeiras nos Estados Unidos. Três anos antes, estudos mostraram que a substância pode afetar o desenvolvimento cerebral.
Mais de 93% das pessoas nos Estados Unidos têm traços da substância na urina, e vários estudos também mostram que o bisfenol A pode prejudicar o sistema reprodutivo de muitos animais, desde o desenvolvimento precoce da sexualidade até contagem baixa de esperma em homens. O composto se comporta como o hormônio feminino estrogênio, e prejudica os processos hormonais normais.
Em agosto de 2008, a FDA, órgão responsável pela regulamentação de alimentos nos Estados Unidos, afirmou que a exposição ao bisfenol A é segura nos níveis em que a substância é encontrada em embalagens de alimentos e bebidas. Ainda assim, dois importantes órgãos de saúde daquele país afirmaram que a exposição não é segura. Atualmente, o FDA está revendo a validade da afirmação.
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O novo estudo é o primeiro a mostrar os efeitos da exposição regular ao composto em longos períodos. Ainda assim, a preocupação com a substância pode ser desnecessária para pessoas comuns: os níveis de bisfenol A encontrados na urina dos trabalhadores chineses chegavam a ser 50 vezes mais altos que aqueles encontrados em pessoas normais. De-Kun Li, que realizou o estudo, afirma que a descoberta sobre a exposição dos trabalhadores das fábricas não pode ser extrapolada para a população geral. [New Scientist]