O fotojornalista Paul Nicklen, que trabalha para a famosa revista National Geographic, já fez várias imagens incríveis da natureza da Antártica nos anos em que trabalha para a publicação. Agora, Nicklen está lançando um livro das fotografias que já publicou sobre o tema para a revista, chamado Polar Obsession (“Obsessão Polar”, em tradução livre, sem versão nacional), e conta neste vídeo (abaixo, em inglês) uma história impressionante.
Na curta entrevista, Nicklen descreve o seu encontro com uma foca-leopardo na Antártica. Estes animais enormes são predadores de grandes animais, como pingüins e outras espécies de focas, e oferecem perigo inclusive aos humanos: em 2003, uma cientista britânica morreu afogada após ter sido arrastada para o fundo do mar por uma foca-leopardo.
Nicklen, por sorte, não teve o mesmo destino que a infeliz cientista. O fotógrafo conta que se aproximou da foca-leopardo — descrita por ele como a maior que ele e seu companheiro de viagem já haviam visto — e que ela colocou a boca ao redor da sua mão e da câmera, mas sem atacar. Logo depois, ela buscou um pinguim para alimentar o “companheiro”. Ao ver que ele não aceitava os pingüins, Nicklen afirma que a foca deve ter percebido que ele era um “predador inútil que morreria de fome”.
Assim, ela passou a levar vários pingüins, vivos e mortos, e tentou mostrar a ele como ele deveria se alimentar do pinguim. Durante quatro dias, o perigoso animal tentou alimentar e cuidar do fotógrafo, que descreve a experiência como a mais incrível que ele já teve trabalhando para a National Geographic. “Acho que ela pensou que a câmera era a minha boca, o que é o sonho de qualquer fotógrafo”, brinca Nicklen. [Huffington Post]