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Cientistas conseguem detectar partículas de matéria escura

Uma equipe de pesquisadores em Minnesota, nos Estados Unidos, afirmam ter detectado partículas de matéria escura pela primeira vez na história. Os cientistas ainda não afirmam a descoberta com certeza, pois, segundo eles, há uma chance de que as forças detectadas sejam provenientes de partículas subatômicas comuns em vez de matéria escura.

Cientistas acreditam que a matéria escura seja responsável por 80% de toda a massa do universo, e que ela afeta fortemente o comportamento de galáxias e estrelas. O experimento realizado para detectar a presença deste tipo de matéria foi feito com 30 aparelhos feitos com cristais de silício e germânio em temperaturas próximas a zero absoluto – cerca de 273 graus negativos.

A experiência gravou pequenas vibrações, supostamente a partir de partículas de matéria escura, enquanto o aparelho estava enterrado a mais de 800 metros de profundidade em uma mina. Os cientistas alertam que a descoberta não é definitiva, pois a decomposição de partículas radioativas na mina poderiam ser responsáveis pelos movimentos.

“O resultado desta análise não pode ser interpretado como evidências de interação deste tipo de partículas, mas também não podemos rejeitar que estes fatos possam ser sinais de matéria escura”, afirma Lauren Hsu, pesquisadora que trabalha no Fermilab, laboratório estadunidense que tem o segundo maior colisor de partículas do mundo.

Segundo o físico teórico Craig Hogan, também da Fermilab, três ou quatro experimentos mostrando partículas de interação fraca deste tipo poderiam servir como prova da existência da matéria escura. Os aparelhos de detecção da matéria estão sendo atualizados com três vezes mais germânio, para aumentar a sua sensibilidade. Atualmente, várias outras tecnologias de detecção da matéria escura estão sendo desenvolvidas e aperfeiçoadas, e Hogan afirma acreditar que haverá muito mais anúncios de descobertas relacionadas ao assunto nos próximos anos. [Science News]

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