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Pesquisa chama atenção para vilão desconhecido causador de infecções de garganta

Novas análises realizadas por pesquisadores da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, sugerem que médicos têm que tomar cuidado com o diagnóstico e tratamento de dor de garganta em adolescentes e jovens adultos. Segundo as novas descobertas, a presença de uma bactéria chamada Fusobacterium necrophorum também deve ser procurada nestes casos.

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Geralmente, a dor de garganta é causada por infecções por estreptococos do grupo A, e só nos últimos cinco anos a F. necrophorum passou a ser considerada uma possível causa de faringite em adolescentes e adultos. De acordo com a pesquisa, bactérias deste tipo podem ser responsáveis por até 10% das infecções em pessoas com idade entre 15 e 24 anos. “O mais preocupante é que a bactéria é associada a uma complicação perigosa chamada de síndrome de Lemierre”, explica o médico Robert Centor, que participou do estudo.

A síndrome afeta principalmente adolescentes e jovens adultos, e começa como uma dor de garganta normal, que infecciona a veia jugular após quatro ou cinco dias. As infecções podem se espalhar por outras partes do corpo, e a síndrome pode levar à morte em até 5% dos casos. Estreptococos do grupo A são associados com outra complicação perigosa, a febre reumática, entretanto, a incidência da síndrome de Lemierre é muito mais comum, e tem uma taxa de mortalidade muito maior. “O risco da síndrome excede o risco de febre reumática aguda, que é o motivo mais comum pelo qual os médicos se preocupam com dores de garganta”, afirma Centor.

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Se as dores e a inflamação não melhorarem entre três e cinco dias, os médicos devem explicar aos pacientes a preocupação e fazer exames para detectar a presença da bactéria F. necrophorum. Além disso, Centor alerta que médicos devem cuidar para ver os sinais que acompanham a síndrome de Lemierre, como inchaços unilaterais no pescoço, rigor muscular, suor noturno e febre alta. Não há exames rotineiros que detectem esta bactéria, e, para observar a síndrome, é necessário fazer uma tomografia cerebral. O médico ainda explica que o tratamento contra a bactéria pode ser feito com antibióticos agressivos, com uma combinação de penicilina e metronidazol. [Science Daily]

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