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7 culturas ricas antigas que são ignoradas pelos livros de história

Todo mundo falava sobre o calendário maia em 2012; as pirâmides egípcias estão entre os monumentos mais visitados do mundo; e os gregos são famosos por seus templos e esculturas. Mas e outras culturas antigas riquíssimas e interessantes conhecidas por historiadores e pesquisadores atuais e que mal são mencionadas em livros de história? Confira sete delas:

7. Reino Silla


Silla foi uma das dinastias que durou mais tempo no mundo todo, entre 57 a.C. e 935 d.C., na península coreana.

A dinastia foi fundada pelo monarca Bak Hyeokgeose. Segundo o mito de criação de Silla, ele teria nascido de um ovo misterioso em uma floresta, e se casado com uma rainha nascida das costelas de um dragão. Através dos tempos, essa cultura se desenvolveu em uma sociedade hierárquica com uma rica aristocracia.

Uma descoberta de 2013 nos trouxe maiores informações sobre este povo: a ossada de uma mulher na faixa dos 30 anos de idade foi encontrada perto de Gyeongju. Uma análise dos fragmentos mostrou que ela provavelmente era vegetariana e que se alimentava de arroz e alimentos feitos com trigo. Uma reconstrução de seu rosto determinou que ele teria sido alongado.

Apesar de restos humanos do povo Silla serem raramente encontrados, arqueólogos têm descoberto uma variedade de objetos luxuosos desta cultura, como punhais de ouro, budas de ferro e joias com ornamentos de jade. Estes e outros exemplares podem ser encontrados no Museu Nacional Gyeongju, na Coreia do Sul.

6. Indus

Esta é a cultura urbana mais antiga que conhecemos. Este povo ocupou território que atualmente vai do Paquistão ao Mar Arábico e até o Ganges na Índia. A civilização Indu perdurou milhares de anos, de 3300 aC até 1600 aC.

Este povo criou o primeiro sistema de esgotos e de drenagem urbana, construiu muros impressionantes e produziu artefatos como cerâmica e miçangas de vidro. Eles até tinham cuidados dentários: cientistas analisaram 11 mil molares de adultos que receberam tratamento há mais de 7,5 mil anos.

Um estudo de 2012 sugere que mudanças climáticas enfraqueceram as chuvas e forçaram a civilização a migrar em busca de climas mais úmidos.

5. Sanxingdui

Sanxingdui era uma cultura da Era do Bronze que viveu no que hoje é a província Sichuan da China. Um fazendeiro descobriu artefatos de Sanxingdui em 1929. A área, porém, só foi escavada em 1986, revelando esculturas de mais de 2.4 metros e perfurações complexas em rochas de jade.

Pesquisadores, porém, não sabem muito sobre esse povo além de que eles eram ótimos artistas. Suas máscaras de bronze e ouro provavelmente representavam deuses ou ancestrais, de acordo com o Museu Sanxingdui da China.

Evidências sugerem que o povo Sanxingdui abandonou a região há mais de 2.800 anos. É possível que eles tenham se mudado para a antiga cidade de Jinsha, que não fica muito longe dali. Em 2014, pesquisadores mostraram que naquela época um enorme terremoto atingiu a região, provocando deslizamentos de terra que mudaram o curso do rio Minjiang. Isso poderia ter deixado o povo Sanxingdui sem água, forçando a migração.

4. Os Nok


Esta cultura misteriosa durou entre 1000 aC até 300 dC no que hoje é a região norte da Nigéria. Evidências dessa população foram descobertas por acidente por uma mineradora em 1943, de acordo com o Museu Metropolitano de Arte de Nova York.

Na época, mineradores encontraram uma cabeça moldada em terracota. Desde então, outras esculturas foram encontradas, incluindo imagens de pessoas usando joias elaboradas e carregando bastões e manguais, símbolos de autoridade também encontrados na arte do Egito antigo. Outras esculturas mostram pessoas com doenças como elefantíase.

3. Os Etruscos


Os Etruscos eram uma rica sociedade que viveu no norte da Itália entre 700 aC e 500 dC, quando começaram a ser absorvidos pela República Romana. Eles desenvolveram linguagem escrita única e deixaram para trás luxuosas tumbas familiares, incluindo uma que pertenceu a um príncipe que foi analisada em 2013.

A sociedade etrusca era teocrática e seus artefatos sugerem que rituais religiosos faziam parte da rotina diária. Uma das descrições mais antigas do parto humano na arte ocidental foi encontrada no santuário etrusco de Poggio Colla, e mostra uma deusa de cócoras. No mesmo local foi encontrada uma laje de arenito de 1.2 metro de altura e 60 centímetros de largura com raras gravações da linguagem etrusca.

2. O Reino de Punt


Este era o nome utilizado por antigos egípcios para uma região na África Oriental. O grande mistério deste reino é que sua localização exata nunca foi determinada. Ela pode corresponder ao que hoje é a Somália, parte da Etiópia e até ao Omã.

Este reino realizava trocas com os egípcios desde pelo menos 2550 aC, durante o reinado do faraó Khufu, também conhecido como Quéops. Os egípcios deixaram várias descrições das expedições realizadas ao local e dos produtos que adquiriam do misterioso reinado, como ouro, mirra e ébano, mas nunca explicaram exatamente como chegar até lá.

1. A Cultura do Vaso Campaniforme


Você sabe que uma cultura é realmente misteriosa quando ela é batizada em referência a um artefato e nada mais. A Cultura do Vaso Campaniforme criava potes de cerâmica com formato de sinos de cabeça para baixo. Os autores destes incríveis potes viveram na Europa entre 2800 aC e 1800 aC.

Eles também deixaram para trás artefatos e cemitérios, como o que fica na República Checa e que conta com 154 ossadas.

A Cultura do Vaso Campaniforme também foi responsável pelo segundo período da construção de Stonehenge: esse povo provavelmente posicionou as pedras azuis, que são as menores rochas da estrutura. [Live Science]

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