Embora não sejam nem de longe tão populares quanto o golfinho-nariz-de-garrafa (também chamado de golfinho-comum), as 9 espécies que você verá a seguir são tão interessantes quanto a do Flipper.
1. Golfinho-riscado ou golfinho-listrado (Stenella coeruleoalba)
Normalmente encontrado nos oceanos Pacífico e Atlântico, o golfinho-listrado viaja em grupos de 100 a 500. Caçador implacável, é capaz de mergulhar a uma profundidade de 700 metros em busca de sua presa. Quando salta, costuma rodar a ponta da cauda como se fosse uma hélice.
2. Golfinhos cruzados (Lagenorhynchus cruciger)
Diferentemente da maioria dos golfinhos, o cruzado viaja em grupos pequenos (de 5 a 15 indivíduos), e normalmente nada perto de diversos tipos de baleia – um hábito do qual muitos baleeiros se aproveitam durante suas caçadas.
Em inglês, foi apelidado de houglass dolphin (“golfinho ampulheta”), por causa das listras laterais, que, pelo menos na cabeça de pessoas extremamente imaginativas, lembram uma ampulheta. Bom, quem sou eu para questionar isso?
3. Golfinho-do-ganges (Platanista gangetica)
Essa espécie se diferencia das outras principalmente pela ausência de barbatana dorsal (em seu lugar, tem uma espécie de “calombo”) e pela longa fileira de dentes que fica à mostra mesmo quando a boca está fechada.
O golfinho-do-ganges também não possui lentes cristalinas nos olhos, o que prejudica sua visão (ele não enxerga com nitidez, e na melhor das hipóteses consegue diferenciar áreas claras de escuras) e faz com que ele dependa quase totalmente de ecolocalização, em que emite ondas sonoras para identificar obstáculos à frente.
Foi classificado pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, em inglês) como espécie ameaçada.
4. Golfinho-rotador (Stenella longirostris)
É um dos tipos de golfinho mais “sociáveis”: pode viajar em bandos de centenas ou até milhares de indivíduos. Também é um dos menores, medindo de 1,80 a 2,10 metros e pesando até 77 kg. Ganhou o apelido por conta de seus saltos acrobáticos.
5. Golfinho-de-commerson (Cephalorhynchus commersonii)
Entre os exemplares dessa lista, é o que menos se parece com a maioria dos golfinhos – está mais para uma “mini-orca” (com até 1,70 metros de comprimento e pesando cerca de 90 kg).
Até onde se sabe, o golfinho-de-commerson só é encontrado em duas regiões do mundo: na costa da América do Sul no Oceano Atlântico, e ao redor da Ilha Kerguélen (que fica entre a África do Sul, a Austrália e a Antártica).
6. Golfinho-de-laterais-brancas-do-pacífico (Lagenorhynchus obliquidens)
Como vocês podem notar, o próprio nome que deram a esse golfinho já descreve quase tudo que o diferencia dos demais. Costuma viajar em grupos não muito grandes (10 a 100 indivíduos) e é difícil estimar sua população.
7. Golfinho-de-hector (Cephalorhynchus hectori)
Essa é uma das únicas espécies de golfinho em que é possível diferenciar claramente o macho e a fêmea (que é consideravelmente maior).
A idade reprodutiva das fêmeas começa aos seis ou nove anos, fazendo com que elas possam ter no máximo cinco filhotes antes de morrer. Não é por acaso que o golfinho-de-hector está na lista de espécies ameaçadas da IUCN.
8. Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis)
No Brasil, não faz muito sentido inclui-lo na lista de espécies que o leitor provavelmente não conhece, mas no resto do mundo muita gente nem suspeita da existência do boto-cor-de-rosa.
De acordo com o folclore nacional, o boto consegue se transformar em ser humano para seduzir jovens que vivem perto do Rio Amazonas. De acordo com a biologia, é capaz de girar seu pescoço em 180°.
9. Golfinho-liso-do-sul (Lissodelphis peronei)
Da mesma forma que o golfinho-de-commerson, não é muito parecido com outros tipos de golfinho, pois não possui nadadeira dorsal e tem um padrão de cor peculiar.
Há poucas informações sobre essa espécie, mas sabe-se que normalmente é encontrada em regiões próximas à Antártica. [TakePart]