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O segredo dos dentes perfeitos dos antigos romanos

No ano 79, o Vesúvio explodiu, soterrando em cinzas as cidades romanas de Pompéia e Herculano. Os cidadãos que morreram no evento deixaram para trás buracos nessas cinzas, lugares que seus corpos ocuparam.

Ao preencher estes buracos de gesso, os arqueólogos modernos conseguiram determinar a posição exata em que estes cidadãos morreram. Dentro das estátuas de gesso, estavam preservados os restos mortais destes cidadãos, incluindo dentes e ossos.

Examinando com tomografia computadorizada 30 indivíduos, um grupo de arqueólogos, antropólogos, radiologistas, especialistas em dentição e engenheiros – liderados por Massimo Osanna – descobriu que eles tinham dentes perfeitos, descontado o desgaste natural.

As imagens abaixo são do escaneamento do corpo de um bebê de 4 anos que foi encontrado com um casal e outra criança, provavelmente seus familiares.

O estudo tinha por objetivo mapear o estilo de vida, trabalho e classe social dos cidadãos escondidos no gesso, a partir da análise dos ossos e do que mais pudesse ser encontrado. Uma das descobertas é que os ossos estavam danificados por excesso de flúor na água que os romanos bebiam em Pompéia.

Não foi fácil descobrir tudo isso. A densidade do gesso usado para “montar” os corpos era parecida com a densidade dos ossos, mas eles conseguiram separar as duas coisas na tomografia usando técnicas avançadas.

Quanto à razão para os dentes perfeitos, uma dieta com baixo teor de açúcar, rica em frutas e verduras, além da água rica em flúor parecem ter sido a receita para tal sorriso belo, em uma época em que não havia nem escova de dentes, nem creme dental. [IFLScienceANSASmithsonianMagmental_floss]

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