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Artista capta raios em acrílico transformando fenômeno elétrico em obra de arte

Quando vemos a forma de um relâmpago no céu, esse fenômeno bonito chama bastante a atenção. Imagine se você pudesse eternizá-lo em uma obra de arte para exibir na sua sala.

Agora, isso é possível. Bom, quase isso. O responsável por esse trabalho impressionante é Bert Hickman. Ele cria o que chamou de “Captured Lightnings” (em português, “relâmpagos capturados”), que são espécies de blocos de acrílico com milhões de volts de carga elétrica “fossilizados”, formando padrões que refletem a luz como espelhos microscópicos.

Cientificamente, esses padrões são conhecidos como figuras de Lichtenberg. Esse nome vem do físico alemão Georg Christoph Lichtenberg, que as descobriu e estudou. As figuras raras são imagens produzidas em superfícies isolantes atingidas por descargas elétricas que formam padrões ramificados, arborescentes.

Ou seja, as figuras parecem ramos de árvores e folhas. Apesar de não serem comuns, até o corpo humano pode receber uma “tatuagem” temporária dessas figuras, quando uma pessoa é atingida por um raio. Geralmente, elas se formam nas costas, pernas e braços.

h3>Transformando relâmpago em arte

Hickman e seu amigo físico Todd Johnson conseguiram transformar descargas elétricas em obras de arte, criando formas como borboletas, estrelas, árvores e até mesmo o símbolo Yin Yang.

A ideia do projeto surgiu a partir da curiosidade de Hickman pela incrível beleza e física das figuras de Lichtenberg, principalmente diante de sua escassez.

Um grupo de amigos físicos e engenheiros elétricos chamado “Whisperers Spark” decidiu realizar uma investigação independente sobre a teoria e a técnica de produzi-las, e foi assim que começou o processo de criar figuras de Lichtenberg.

“Para criar nossas esculturas, alugamos um tempo em um acelerador de partículas de 5 milhões de volts. Como o acelerador injeta um enorme número de elétrons dentro de uma amostra transparente de acrílico, uma carga elétrica enorme (tipicamente 1 a 2,5 milhões de volts) fica presa dentro do plástico”, explica Hickman.

O artista também cria manualmente caminhos para o escape da carga elétrica, caminhos que enfraquecem conforme passam pelo acrílico, para conseguir produzir as formas desejadas. Enquanto a energia escapa como uma descarga fraca de raios, o calor intenso deste “minirrelâmpago” deixa padrões de ramificação que são permanentemente capturados dentro do acrílico.
Estes padrões são uma cadeia “fossilizada” de fraturas e tubos microscópicos que refletem a luz como espelhos microscópicos.

Veja no vídeo abaixo como as obras de arte eletrizantes são feitas. Se quiser ver mais trabalhos de Hickman, acesse seu site oficial.[OddityCentral]

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