Brasil é tricampeão das olimpíadas tecnológicas da Microsoft

Por , em 27.07.2011

“Imagine um mundo onde a tecnologia ajuda a resolver os problemas mais difíceis”.

Esse é o tema da Imagine Cup, as olimpíadas tecnológicas da Microsoft, que reuniram jovens brilhantes em Nova York no dia 13 de julho. E os jovens levaram o tema ao pé da letra, mostrando invenções inovadoras, que poderão ajudar desde alunos com deficiência visual até motoristas de carro.

A Imagine Cup é uma competição anual que este ano chegou a sua 9ª edição. Foi a primeira vez que as finais da copa tecnológica aconteceram nos Estados Unidos. Entre a animação dos competidores, agitando bandeiras de diversos países, tecnologias criativas foram demonstradas, incluindo possíveis resoluções para a malária, deficiências e acidentes de avião.

Mais de 350 mil estudantes com mais de 16 anos de 183 países se inscreveram nas nove categorias do evento. Delas, três são a santíssima trindade da Imagine Cup: design de jogos, desenvolvimento de sistemas em dispositivos e desenvolvimento de softwares.

Foram convocadas 100 equipes (compostas por 1 a 4 alunos cada) nessas três categorias. As três melhores equipes em cada uma delas receberam prêmios em dinheiro. Mesmo para as equipes que não venceram, a exposição na Imagine Cup é inestimável.

No desenvolvimento dos projetos, as equipes foram convidadas a pensar nos objetivos de desenvolvimento do milênio da Organização das Nações Unidas, que são metas de desenvolvimento mundial, com prazo até 2015.

Muitas equipes fizeram seus projetos abordando as metas, como no desenvolvimento da sustentabilidade ambiental e no combate à doenças.

Alguns jovens pesquisadores estão ainda mais ligados aos seus projetos, trazendo experiências de vida aos experimentos. Um estudante cego desenvolveu um sistema para alunos com deficiência visual fazerem anotações com mais facilidade. Uma equipe da China fez um software de controle de computador que não precisa do uso das mãos. A inspiração veio da mãe de um dos membros da equipe, que não pode usar os membros.

Se engana quem pensa que a Imagine Cup é um evento científico extremamente polido ou chato. O clima está mais para um estádio de futebol, com torcida, danças e muitos sorrisos.

Aliás, muitas das invenções são projetos que podem ser realmente implementados, indo além de exposições científicas. A mentalidade que permeou o evento foi a de mudar o mundo.

Esses jovens podem ser tudo, menos ingênuos. Eles tem profundo conhecimento sobre o que necessitam para colocar os seus projetos no mercado: quase todos eles têm um plano de negócios detalhado de forma impressionante, com conhecimento de público-alvo e financiamento necessário.

E eles não tem ilusões sobre as falhas de seus produtos. Os estudantes têm uma lista de melhorias que ainda precisam ser feitas, para quando os juízes invariavelmente os questionarem.

Para esses jovens, a Imagine Cup não é o fim do jogo, é apenas um dos degraus ao longo do caminho brilhante que eles têm a percorrer. [POPSCI]

Brasil na Imagine Cup

Este ano, a Imagine Cup contou com 350 mil jovens inscritos, de cerca de 70 países. Foram classificados mais de 400 para a final mundial.

O Brasil contou com 42 mil participantes e classificou cinco equipes, sendo o país com a maior representatividade nas finais mundiais.

Os estudantes brasileiros foram reconhecidos campeões mundiais, pela terceira vez na história da competição, da 9ª edição da Imagine Cup (Copa do Mundo da Computação) da Microsoft.

A equipe de Curitiba-PR conquistou o 1º lugar na categoria Projeto de Games – Xbox, com o jogo UCAN. Já os pernambucanos repetiram o feito do ano passado e foram vice-campeões no desafio de Interoperabilidade, com um aplicativo para Windows Phone que permite a comunicação de deficientes auditivos por celular.

Estudantes da Unesp e da Universidade Federal de Pernambuco também usaram a criatividade e a vontade de mudar o mundo, estando entre os melhores do mundo nas categorias “Projeto de Software”, “Digital Media” e “Sistemas Embarcados”.

13 comentários

  • Guilherme Euripedes:

    Que bom que essa eh nossa… As outras que se explodam!

    isso trará evolução para o Brasil e o Povo Brasileiro… Futebol só traz alienação.

  • anonimo:

    Se o Brasil ganha uma partida de futebol com algum “lance” bonito, aparece no jornal, fantástico em todas mídias brasileiras disponíveis, porém se ganham uma “feira tecnológica” talvez apareça no faustão ou no máximo no jornal.
    Brasileiros, precisamos mostrar nosso potencial, não são só países como Estados unidos ou japão etc…que podem fazer coisas magníficas, nós temos capacidade de aprender e virar grandes gênios do futuro.
    em pinha opinião brasileiros não são (gênios) pois levam tudo na brincadeira e com humor.(podem até descordar de mim, mas essa é minha opinião).

    • A.L:

      Nada a ver, dá sim pra brincar de forma que ñ prejudique o trabalho, tenha senso de humor e seja inteligente, conheço muitas pessoas assim.

  • Arthur Hauer Neto:

    Puxa…
    Porque o nome da instituição que deu apoio a equipe de Curitiba não aparece…
    Eles estudam no Centro Tecnológico da Universidade Positivo
    Parabéns a todos os Brasileiros que participaram, mesmo os que não foram premiados. Conseguiram chegaram lá!!!!
    Parabéns

  • eduardo:

    Estou orgulhoso dos brazucas….. só espero que o ministério da tecnologia aki do Brasil (se é que existe kkkkkk), adote medidas pra incentivar a permanência dessas mentes brilhantes em território nacional… pq é foda, os caras se formam, fazem e acontecem com suas criações inovadoras e depois se debandeiam pra países mais desenvolvidos na área tecnológica… fazem muito bem, pra eles… mas deixam um desfalque significativo no campo científico aki no Brasil…

  • Felipe:

    Mas eu aposto que mesmo o Brasil ganhando isso, muita gente de outros países acham que nós somos ‘ índios ‘ ainda.
    Isso deveria aparecer mais na mídia para incentivar os jovens de hoje, que só acham que os outros países são bons.
    Passando isso nos jornais e diminuindo o imposto em eletrônicos, aposto que iria surgir muitos cérebros nesta área aqui no Brasil. E também acho que isso influenciaria indústrias aqui, provavelmente teríamos jogos e quem sabe, até consoles decentes brasileiros, abordando os mais diversos temas.

    • Edison:

      Como os gringos dizem
      Brazil? Monkey land

    • Ludmila:

      Já temos muitos cérebros nessa área e essa matéria é uma evidência disso.

      Na minha opinião, o problema aqui, é porque como se prefere mostrar o que dá IBOPE e o brasileiro, de modo geral, está interessado em futebol, festa e alienação, então, paciência! É a cultura de uma nação que precisa ser revista.

    • Felipe:

      Concordo. Mas eu queria dizer, que iria ter ainda mais cérebros que trabalhariam aqui. Por exemplo, se você quer virar um game designer, aqui no Brasil já é um caminho meio díficil. E quando se formar, dificilmente vai trabalhar aqui.

  • Andre:

    Bom, se o Brasil não ganha no futebol, está aí um grande exemplo, isso é bom pra quem acha que só os americanos, alemães ou japoneses são inteligentes, ganharam lá dentro da casa deles em New York e os que mais se destacaram foram os nordestinos de Pernambuco. Parabéns a todos.

    • REVELAÇÃO:

      Segundo informações do texto, os jovens apresentaram no plano de negócios algo essencial e muito importante, “finaciamento necessário para o projeto seguir em frente”. Isso quer dizer que provavelmente eles pertençam a classe alta brasileira. Não há raça, etnia ou gênero que justifique o sucesso de uma pessoa, e sim as oportunidades que lhe são apresentadas.

    • Ludmila:

      Nada a ver isso de estudantes de classe alta! Essas pesquisas são financiadas por entidades, não pelos pais dos estudantes.

  • JeanZ:

    PARABÉNS A TODOS OS BRASILEIROS QUE ESTIVERAM NESSA OLIMPIADA!
    PELO MENOS ESSA É NOSSA!

    AEUHAHUEAHE

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