Câncer de testículo é duas vezes mais mortal em pacientes acima dos 40 anos
Homens diagnosticados com câncer testicular após os 40 anos de idade têm duas vezes mais riscos de morrer da doença do que pacientes jovens, afirma um estudo norte-americano. A pesquisa foi realizada com dados de aproximadamente 28 mil homens, e levou em conta fatores como as características da doença, fatores de tratamento e variáveis sócio-demográficas.
“O câncer de testículo é altamente curável, e qualquer influência que confira risco aumentado de mortalidade deve ser identificada, para que melhores estratégias de intervenção sejam adotadas”, escrevem os autores.
Vários fatores podem explicar a diferença de mortalidade relacionada à idade, incluindo o fato de que muitos pacientes idosos frequentemente não são tratados com a mesma intensidade do que os pacientes mais jovens. Os pesquisadores recomendam, portanto, maior atenção ao cuidado com esses pacientes, assim como com os de baixa renda.
Além da faixa etária com maior risco de mortalidade, a pesquisa também descobriu que pacientes diagnosticados após 1987 tinham menos probabilidade de morrer durante o acompanhamento da doença do que homens diagnosticados mais cedo, possivelmente devido à introdução de um tipo de quimioterapia cerca de dez anos antes.
Porém, os autores escrevem que “a questão que se mantém, no entanto, é se a associação entre variáveis socioeconômicas e mortalidade reflete as diferenças na capacidade do sistema de saúde para oferecer o tratamento ideal, a predisposição do paciente para aceitar o tratamento intensivo, ou o conhecimento do médico das melhores abordagens no tratamento”. [Reuters]
1 comentário
Levantamento realizado pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, apontou que 95% dos casos de câncer de testículo atingem jovens com até 35 anos.
O levantamento apontou também que seis em cada dez pacientes tratados no Icesp com esse tumor inicia o tratamento com a doença já em estágio avançado. Por causa disso, esses pacientes precisam se submeter ao tratamento quimioterápico.
Por ano, o instituto atende cerca de 150 pacientes com o problema. Apesar de raro, o tumor de testículo pode ser evitado. O diagnóstico precoce é fundamental e extremamente eficaz para combater a doença. Para isso, é importante que os homens realizem o autoexame.
Segundo o coordenador do setor de urologia do Icesp, Marcos Dall´Oglio, em 98% dos casos, a queixa é de dor e aumento de volume testicular. Quando detectado inicialmente, as chances de cura são enormes, além do tratamento, que não será tão agressivo.
– É essencial que os homens realizem o autoexame e fiquem atentos a qualquer anomalia na região dos testículos. Apesar de raro, o tumor existe e o diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso na cura contra a doença.
Abraço
Bruno de jesus mota