China anuncia plano de construir estação espacial tripulada própria daqui a dez anos

Por , em 28.04.2011
A China tem se aventurado na tecnologia de estações espacial há vários anos, mas até pouco tempo atrás o objetivo da nação ainda não era muito concreto, consistindo principalmente em planos para lançar alguma espécie de foguete de teste em órbita em algum momento em um futuro nebuloso.

No fim do mês de abril, a China esclareceu as dúvidas sobre suas ambições no campo das estações espacial, lançando um ambicioso plano de construir sua própria dentro dos próximos dez anos.

Atualmente conhecido como Tiangong, ou “palácio celestial” (as autoridades chinesas estão pedindo ao público sugestões para um nome permanente), a estação espacial de 66 toneladas vai abrigar uma tripulação de três astronautas e dois laboratórios de astronomia, microgravidade e experimentos biológicos. E, dependendo dos elementos políticos e econômicos em torno da empreitada, ela poderá ser a única estação espacial em órbita na década seguinte, de 2020 (sua vida útil pode ser estendida até 2028).

Tiangong será composta por um módulo central e dois módulos de laboratório. A peça central terá de cerca de 60 metros de comprimento, enquanto os laboratórios medirão cerca de 50 metros cada. A estrutura inteira deve medir aproximadamente 14 metros de diâmetro. Seguindo os parâmetros de estações espaciais, a chinesa não será muito grande.

Mas a própria ideia da construção da estrutura sinaliza uma mudança no equilíbrio de poder na órbita da Terra, uma vez que a Nasa tem reduzido o seu próprio papel nas atividades de voos espaciais orbitais para se focar em missões mais profundas no espaço. A China colocou um ser humano em órbita pela primeira vez apenas menos de uma década atrás, e realizou seu primeiro passeio espacial há três anos. Agora, cheios de dinheiro, os chineses planejam desenvolver tecnologias de espaço orbital próprias em um ritmo extremamente rápido.

Quão rápido? Bem, o módulo Tiangong-1 vai ser lançado ao espaço ainda este ano para começar a testar as tecnologias de acoplamento com uma nave espacial não-tripulada. Duas nave espaciais tripuladas vão ser lançadas na sequência.

Depois será a ver de Tiangong-2, demonstrando a capacidade de suportar uma tripulação de três pessoas durante 20 dias. Tiangong-3 – previsto para 2015 – vai abrigar uma equipe por 40 dias. Até o momento em que a China tiver tempo para construir a estação real, no final desta década, os três módulos de teste vão ter fornecido os dados e a tecnologia para permitir a construção do produto final.

As autoridades chinesas disseram que o intercâmbio internacional será bem-vindo e que eles planejam usar hardware de encaixe compatível com embarcações estrangeiras, que serão capazes de se acoplar ao “Palácio Celestial”. Em outras palavras, a China pensa em aderir ao precedente de abertura espacial.

Por outro lado, a tecnologia que viria a ser desenvolvida pelos chineses e as facilidades que eles ofereceriam às outras nações colocaria a China em uma posição poderosa e autônoma no campo espacial, o que pode levar a tensões políticas. Um consultor da Nasa chamado o projeto de “um poderoso símbolo político”. [PopSci]

13 comentários

  • yagor ribeiro:

    Poxa, u acho que vai ficar meio “sem moral” essa estação, imagina vc entrar numa estação MADE IN CHINA! haushuahsuahsuahsuhaushuahsuahsuahs. ENTRO NAAAAAADA!

  • TrueLogic:

    Se a Rússia tem, os EUA vai querer ter também, se a Rússia e os EUA tem, o Japão vai entrar nessa, se o Japão tem, a CHINA quer também!

    Daqui a pouco vão querer também Coréia,Chile,Argentina-Brasil,Portugal… e assim vai.

    RESULTADO: Um monte de estações inúteis que só vão trazer dispesas e prejuízos, enquanto poderia haver 1 ou 2 eficazes, criadas pela união dos países, TUDO POR CAUSA DESSA DROGA DE COMPETIÇÃO CAPITALISTA GLOBAL!!!!

    • Juliano:

      Agora pense um pouco: Se não existisse essa “DROGA DE COMPETIÇÃO CAPITALISTA GLOBAL” vc certamente não teria esse computador que vc está usando para ler isso!!!

    • Hugo:

      Argentina não…

  • Hugo:

    Bruno, por mais que eu entenda seu lado (afinal, o Brasil só importa produto de qualidade ruim porque só tem mercado consumidor significativo pra esses produtos), tenho que dizer que você está falando besteira.

    More no China e mobilie uma casa e você verá. Todos os produtos de altíssima qualidade (de lençol 100% algodão até honda civic SI, passando por geladeira que te dá “bom dia”) custando metade do preço dos produtos de baixa qualidade que temos em nossas casas.

  • bruno:

    Ixix…..será que mesmo eles estando no espaço, vai ser confiavel estar na estação chinesa?!?!? do geito que os materiais!!!

  • Juliano:

    Tava mesmo na hora de alguém tirar o monopólio dos EUA sobre os assuntos espaciais!!!

  • Hugo:

    Guerra fria II

    • Glauco:

      Ernest Von Brown comentou certa vez o que ocorreria depois da Guerra Fria. As coisas já começaram, e o primeiro sinal ocorreu disfarçadamente numa vilazinha chamada Beni na Amazônia Boliviana na última sexta-feira santa.

      Boa sorte prá nós! A Ordem Mundial já está mostrando seus dentes podres!

    • Marcelo Muniz:

      O nome correto é Wernher von Braun.
      Não sei de onde você tirou esse “Ernest Von Brown”…

    • Glauco:

      Eu sei de onde tirei: da minha cabeça q não gosta de consultar anotações. Confundi os nomes.

    • Inossaf:

      kkkkk. Dahora.
      Na verdade, acho que vc tirou do (ou misturou com) “De volta para o futuro”, kkkkk
      O que importa é a informação…

  • Glauco:

    Haha! Quando os americanos conseguirem voltar prá Lua (se é que já foram mesmo), vão comer macarrão num restaurante chinês lunar! Ninguém segura esses chineses quando eles estão com más intenções.

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