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Churrasco com lava derretida: assando carne de maneira criativa

O que acontece quando um chef, um escultor e um geólogo se juntam para inventar alguma coisa culinária? Um churrasco com lava derretida, é claro.

“Cozinhar com lava é simplesmente a maneira mais espetacular de grelhar um bom pedaço de carne”, brinca o chef Sam Bompas, membro do time de designers de culinária Bompas & Parr, de Londres, que liderou a façanha.

Bompas primeiro tentou cozinhar com lava em uma viagem para Sakurajima, um vulcão ativo no Japão. Cozinheiro com um longo currículo de experimentação, Bompas não hesitou em pular uma cerca para tentar assar marshmallows sobre um córrego de fluxo de lava.

A experiência foi tão intensa que ele quis compartilhá-la com outras pessoas. Mas ele não podia levá-las até o vulcão, então, procurou uma maneira de trazer o vulcão até as pessoas.

“Descobrimos que há um homem no mundo que pode fazer lava sintética”, conta Bompas, “então nós ligamos para ele”.

Na verdade, existem dois: o escultor Robert Wysocki e o geólogo Jeffrey Karson, da Universidade de Siracusa, nos EUA. Eles construíram o seu próprio vulcão artificial – um forno que contém rocha basáltica de 1,1 bilhão de anos de idade e aquece a mais de 1.600° Celsius, a temperatura em que a rocha começa a se fundir.

“Não é muito diferente de uma panela de cozimento lento”, diz Wysocki, uma vez que o forno tem um vaso de contenção de metal do lado de fora com um cadinho interior – um recipiente em formato de pote que resiste a altas temperaturas. A diferença é que a panela deles é do tamanho de um carro.

Wysocki, Karson e vulcanólogos usam o forno para estudar os fluxos de lava; é um ambiente muito mais seguro para este tipo de pesquisa que um vulcão real. Mas eles ficaram intrigados com a ideia de Bompas e Parr de fazer um churrasco com lava – neste caso, bife, milho e marshmallows. Em junho, a equipe se reuniu em Siracusa para ver no que dava.

Os mais extravagantes fornos profissionais só vão até cerca de 400°C, diz Bompas, mas a lava sai do forno em tórridos 1.000°C, aproximadamente. “É o calor que a maioria dos chefs sonha”, comemora.

Com esse tipo de calor, o bife torra no exterior, mantendo-se perfeitamente ao ponto no meio. E Bompas diz que, cozinhando com a lava, o sabor da carne não é alterado como acontece quando se está cozinhando com gás, carvão ou madeira. Wysocki concorda: “Foi o melhor bife que eu já experimentei. Era apenas o sabor da carne”.

A desvantagem? Leva de 60 a 70 horas para que o forno transforme toda a rocha em lava. E você reclamando que o churrasco de domingo sempre demora para sair. [NPR]

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