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Cientistas criam cristais “quase vivos”

Banhados por luz azul e mergulhados em uma solução de peróxido, microscópicos cubos de hematita se movem em uma “bagunça ordenada”, agrupando-se, separando-se, agrupando-se de novo… Quando a luz se apaga, voltam a se comportar como os objetos inanimados que são.

“[Nós] mostramos que, com um simples sistema ativo, podemos reproduzir algumas características de sistemas vivos”, explicou o físico Jérémie Palacci, da Universidade de Nova York (EUA). “Eu não acredito que isso torne nosso sistema vivo, mas reforça o fato de que o limite entre os dois é, de certa forma, arbitrário”.

O sistema de cristais elaborado por Palacci e seus colegas apresenta dois aspectos necessários para algo ser considerado vivo: metabolismo e resposta a estímulos. Embora faltem os outros cinco (homeostase, organização, crescimento, adaptação e reprodução), o experimento foi considerado marcante na busca por compreender (e, quem sabe, reproduzir) o fenômeno da vida – vale lembrar que, há bilhões de anos, a vida começou a surgir a partir de algo mais simples do que esse experimento.

Dando sequência aos estudos, dois dos pesquisadores já estão trabalhando com outro tipo de partícula, que possui metabolismo e capacidade de reprodução, mas não consegue se mover.[Science] [Gizmodo] [PopSci]

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