Cientistas descobriram uma parte do cérebro humano antes ignorada
Uma nova pesquisa realizada pelo “cartógrafo cerebral” George Paxinos descobriu um aglomerado de células que parece ter um papel importante no cérebro humano.
A primeira vez que Paxinos notou essa variedade incomum de neurônios foi trinta anos atrás. Em 2018, enquanto realizava uma nova varredura do cérebro, se deparou mais uma vez com essa parte que parece ser uma região completamente desconhecida do órgão humano.
A sugestão inicial do pesquisador é que esse feixe de neurônios pode ser responsável pelo controle motor fino, que dita nossa capacidade de fazer coisas como tocar violão, escrever e praticar esportes.
Núcleo endorestiforme
Paxinos é um dos mais respeitados cartógrafos cerebrais do mundo. Ele cria atlas dos cérebros de humanos e animais que permitem que neurocientistas, neurocirurgiões e clínicos entendam melhor funções cerebrais e doenças neurológicas.
O cientista nomeou a nova região de “núcleo endorestiforme” por causa de sua localização na base do cérebro, no corpo restiforme.
“Uma coisa intrigante sobre este núcleo endorestiforme é que parece estar presente apenas no ser humano, não conseguimos detectá-lo no macaco-rhesus ou no sagui que estudamos”, explicou.
Uma vez que Paxinos foi incapaz de localizar a mesma região em outros primatas, supõe que deve ser útil no controle motor fino em que os humanos são especialmente bons.
Dúvidas
Embora a estrutura pareça ser importante, mais trabalho é necessário para entender como sua função se relaciona com sua forma.
Paxinos apenas mapeia cérebros; caberá a outros cientistas explorarem esse agrupamento de neurônios em mais detalhes.
Dito isso, melhorar nossa compreensão do cérebro humano ainda é uma tarefa sem precedentes.
Descobertas como essa nos lembram de que estamos longe de conhecer completamente a fisiologia do cérebro, mas certamente podemos avançar muito no entendimento desse órgão e, como consequência, de patologias como a doença de Alzheimer. [Cnet]
