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Confusão, e não má intenção, é culpada por plágios em trabalhos acadêmicos

A confusão sobre o que constitui o plágio, e não uma intenção maliciosa, é a maior causa de plágio nos níveis de graduação, de acordo com uma pesquisa feita por pessoas que se preocupam cada vez mais com a ocorrência freqüente do problema.

A discussão foi gerada em uma palestra que discutia a ética em pesquisas sobre química. Intitulado “Plágio: o que é? O que podemos fazer sobre isso?”, o simpósio foi liderado por George Bodner, do comitê de ética da ACS, uma das maiores sociedades científicas do mundo.

A pesquisa de Bodner contou com a ajuda de 130 voluntários de faculdades e de universidades. Ele tentou explicar as características das ocorrências de plágio em seus estudantes.

Aparentemente, a confusão sobre o que constitui plágio se inicia na idade escolar. “Há algo acontecendo em nossas escolas. Os professores não pedem que os alunos escrevam muito e, quando eles fazem o trabalho, os mestres não se dão ao trabalho de editar seu conteúdo. Os alunos não estão sendo propriamente educados e, sendo assim, têm mais chances de caírem em armadilhas” explica Bodner.

Outro participante da palestra, Tomas Holme, da Universidade de Iowa, afirma que sempre dá uma dica para seus alunos antes de trabalhos: “se você usar mais de quatro palavras iguais, é bom usar uma citação da fonte, e não colocá-la no corpo de texto, como se o texto fosse seu”.

Bodner diz que não há como medir os casos de plágio, logo, não dá para saber se o problema está aumentando ou não. Mas é fato que, com a internet, os estudantes têm, agora, várias fontes das quais copiar. No entanto, se os professores tiverem mais atenção com os trabalhos de seus alunos, ferramentas de pesquisa fornecem as ferramentas para descobrir se o aluno copiou seu trabalho da internet.

E o problema não é apenas dos alunos. De acordo com Holme, até mesmo alguns professores, sem saber, atravessam a tênue linha entre pesquisa e plágio. “Quando usamos fontes com copyright, estamos violando os direitos do pesquisador que divulgou seu trabalho. É até mesmo um crime” conclui o professor. [Science Daily]

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