Ícone do site HypeScience

O experimento que nos deu as primeiras pistas sobre a existência do DNA

Em 1928 (mais de vinte anos antes de James Watson e Francis Crick proporem o famoso “modelo de dupla-hélice“), o bacteriologista Frederick Griffith encontrou uma “pista” sobre a existência e o papel do DNA.

Certas bactérias, notou Griffith, ao entrar em contato com os “cadáveres” de outras, adquiriam novas características. Intrigado, o cientista isolou dois tipos de bactérias causadoras de pneumonia, sendo que um tipo era letal (capaz de passar despercebido pelo sistema imunológico) e outro não.

Ele matou as bactérias letais e injetou em cobaias, que não sofreram mal algum. Em seguida, injetou a variedade não letal, e o organismo dos ratos se defendeu. Contudo, quando Griffith injetou uma mistura dos dois tipos (sendo que as letais estavam mortas), as cobaias morreram, pois o tipo não letal “se transformou” devido ao contato com o letal.

Isso aconteceu porque o DNA das bactérias letais continuava presente, mesmo que elas estivessem mortas. Quando as bactérias não letais entraram em contato com esse DNA, incorporaram parte dele – algo que só seria compreendido a fundo anos mais tarde. Griffith atribuiu o fenômeno a uma misteriosa propriedade “transformativa”. [io9Princeton, The Journal of Experimental Medicine]

Sair da versão mobile