As crianças estão mais estúpidas do que nunca

Por , em 15.08.2011

Um novo estudo mostra que a atual ênfase colocada na memorização e em fazer provas está deixando as crianças menos criativas e mais estúpidas do que nunca.

Os pesquisadores analisaram vários “testes de criatividade” para identificar tendências. Um estudo de 2010 com cerca de 300.000 testes de criatividade que remonta à década de 1970, feito por Kyung Hee Kim, descobriu que a criatividade diminuiu entre as crianças americanas nos últimos anos.

Segundo Kim, a partir de 1990, as crianças tornaram-se menos capazes de produzir ideias originais e inusitadas. Elas também ficaram menos humorísticas, menos imaginativas e menos capazes de elaborar melhor as ideias.

Em resumo, os miúdos são agora menos capazes de exibir padrões de pensamento divergentes (criar ideias novas e originais) e no jogo imaginativo. Mas, por mais tentador que seja, não podemos culpar os pais ou os próprios filhos; os culpados são outros preferidos nossos: os políticos.

Por exemplo, Kim mencionou o programa americano “Nenhuma criança deixada pra trás” (tradução livre, No Child Left Behind), um ato que o Congresso dos EUA aprovou em 2001 e que obriga as escolas a administrar anualmente testes padronizados, como forma de avaliar se estão cumprindo as normas de educação do estado.

Isso pode ser parcialmente responsável pela queda da criatividade. “Se nos focarmos apenas em teste, teste, teste, como a criatividade pode sobreviver?”, disse Kim.

Testes padronizados forçam as crianças a pensar na aprendizagem como uma missão: de dar a resposta que o professor procura, e não de criar respostas alternativas, imaginativas, ou explorar outras maneiras de resolver um problema.

Como os professores também estão sob pressão para produzir testes que passem os estudantes, a criatividade fica marginalizada.

Outros culpados podem ser o aumento do período que as crianças passam assistindo TV, uma atividade passiva que não requer interações com os outros.

A falta de criatividade em estudantes também afeta o estilo de aprendizagem nas universidades. Os professores comentam que os estudantes se sentem prejudicados se você fizer-lhes uma pergunta que não é baseada em fatos ou na leitura. Outros têm observado que muitos alunos fazem careta de medo quando se pede que eles combinem ideias de várias fontes, para extrapolar conclusões.

E como podemos combater essa situação? Cultivando a criatividade. Segundo os cientistas, devemos incentivar as crianças a serem estranhas. Explorar respostas pouco ortodoxas, que podem levar a mais conhecimento. E, principalmente, desligar a TV e acompanhar – e lutar pelas – políticas educacionais do país.[Jezebel]

26 comentários

  • Marc F.B.:

    No último parágrafo diz que devemos incentivar as crianças a serem estranhas – no bom sentido – e pouco ortodoxas, para que a criatividade seja estimulada.

    Contanto que isso seja muito bem feito, não vai dar certo! Eu sou assim desde sempre, e o máximo que se consegue com isso é virar o alvo de marginalização do grupo; e vejo a mesma coisa acontecer a todos que estejam a ‘um passo a frente’ do resto.

  • Valdeir:

    Aqui no Brasil, estúpida não, mas sim FILHOS DO MEC com PEDAGOGA.

    Sob a batuta de pedagogos(as) a escola é extremamente burocrática, lerda, desinteressante, agressiva e dificilmente uma pessoa que passa pelos bancos escolares, hoje, obedece leis de trânsito, gosta de boa música, é civilizado em público. Ou seja, você manda o teu filho para a escola e ele volta um tremendo FILHO DA PEDAGOGA.

    O maior equívoco educacional é dar o cargo de orientação educacional a um pedagogo pois este não tem conhecimento científico algum, ou seja, a pessoa não entende nada de linguas, de matemática, de física, de química, de artes, de nutrição, de cuidados básicos de saúde, etc., mas (des) orienta toda a escola como a educação deve seguir. Ai não dá.

    Se eu pudesse decretar algo, decretaria a extinção da profissão pedagogo de dentro das escolas e o não reconhecimento destes “diplomas”.

  • Miguel:

    Coitada da menina dessa imagem, vão relacionar estupidez com ela.

    • wagner.dtr:

      A culpa é dos teletubbies!!!

    • Gabriel Pires Parreira:

      Na verdade eu achei ela criativa rs vai entender kk

    • Marc F.B.:

      “Coitada da menina dessa imagem, vão relacionar estupidez com ela.”

      Eu já associaria, com ou sem a matéria!

  • John jones:

    se as crianças de hoje estão tendo esse comportamento o ´´mundo amanha sera bem pior que o de hoje“

  • Milena Karla:

    Eistein já dizia: “A imaginação é mais importante que o conhecimento”.

  • 3dx:

    olha minha escola é até q muito criativa, todo mês fazemos muitas coisas diferentes, MAS as crianças só querem saber de TV, jogos de videogame, não estudam, usam computador, viciadas em séries de vampiro, modinha, FUNK, Hip-Hop, enquanto eu estudo 5h fora da escola por conta própria, uso a internet para pesquisa e nem por isso sou um “mané” ao contrário sou um dos mais inteligentes da turma, para as crianças é falta de insentivo, de laço e de estudo, eles não se preocuam nada com nada e só fazem piadinha e ñ aprendem m e r d a nenhuma, só avacalham na aula e querem ser popular, e muito burras e idiotas. aff

  • Delta:

    Essa gente de hoje em dia…

  • francisco:

    Na América esses testes padronizados estão tornando as crianças estúpidas, diminuindo a criatividade.
    Aqui no Brasil, uma multidão de professores só reproduz o conhecimento, passando conteúdos prontos, só explorando o livro didático. Por falta de estímulo, condições ideais de aprendizagem, muitos “professores” produzem aulas medíocres, improdutivas e que desestimulam mais e mais essa geração. Questionários prontos,cópias de textos, resumos são estratégias que só desenvolvem nos alunos a habilidade de reproduzir. Criatividade, senso crítico já ficaram muito distantes. Sem falar dos valôres humanos, ética, moral, que também estão fora de moda na maioria das aulas.

    • Miguel:

      Nosso governo esta cag@#$&* e andando para isso, quanto mais massa de manobra ( pessoas que são conduzidas como gado pois não sabem pensar por conta própria, mesmo acreditando serem donas de suas vidas são controladas pela mídia, moda, governo, interesses econômicos, etc … ou seja não dão um passo por conta própria sem que seja planejado por outros) melhor para eles e para as pessoas por trás das cortinas.

  • Tonton:

    Diminuindo a capacidade concisiva da população, a manipulação de massa fica mais fácil no futuro, e assim os filhos de politicos que estudam em escolas particulares poderão dominar o povo brasileiro mais facílmente.

  • Alex:

    Tratamos nossas crianças como seres incapazes que precisam ser protegidos de tudo em nome do politicamente correto.

    Assim como elas não desenvolvem um sistema imunológico forte por serem privadas do contato com algumas bactérias elas não são expostas a contrariedades, desafios e necessidades que são o solo fértil para a criatividade.

    É fácil demais ligar a tv ou o computador. Mais fácil que fazer uma pipa ou procurar um lugar inusitado no esconde-esconde.

    Numa outra matéria vimos que gatos domésticos são muito menos inteligentes que gatos de rua.

  • websuffer:

    Para ver a estupidez não se precisa ir longe. Basta abrir a páginas do okurt, facebook… após segundos de leitura, se vê que Einstein estava certo mais uma vez:

    “Existem apenas duas coisas infinitas – o Universo e a estupidez humana. E não tenho tanta certeza quanto ao Universo.” (Albert Einstein)

  • Amigo:

    Aqui no Brasil deve ser pior já que o MEC proibe a reprovação no ensino básico. Além de não estimular a criatividade a criança ainda perde o estímulo para estudar (não reprova mesmo se nada aprender).

    Diploma é só um pedaço de papel. Esses políticos deveriam saber que é o estudo, o aprendizado, que faz as pessoas desenvolverem para a vida.

    • Alex:

      A maioria dos supercriativos é também autodidata. Mas um autodidata no Brasil é marginalizado pela falta de uma carreira acadêmica convencional.
      O MEC deveria criar `diplomas` alternativos para pessoas que desenvolvem atividades complexas mas não tiveram tempo ou paciência para tolerar os métodos de ensino institucionais.

      A maioria dos Hackers, dos designers e artistas poderiam se enquadrar aí.

    • Renan:

      Falou TUDO! (y)

    • Jean Carvalho:

      Oi Alex. Creio que, na verdade, o q. + tem aqui no Brasil são “carreiras acadêmicas convencionais”… estas sim, marginalizam o autodidata (p/ valorizá-los, teria de haver uma carreira acadêmica “não-convencional”…
      Agora já existe um exame técnico q. pode ser prestado por pessoas q. não possuem nenhum diploma, mas têm conhecimento na área. É o Programa Certific, que inicialmente reconhece profissionais das áreas de eletroeletrônica, música, pesca e aquicultura, turismo e hospitalidade, e construção civil. O trabalhador é avaliado avaliado por uma equipe multidisciplinar composta por assistente social, pedagogo e especialistas da área. Se for constatada a excelência do trabalhador, ele recebe um certificado de instituto federal comprovando sua qualificação; Caso sejam constatadas falhas técnicas, o próprio instituto federal se encarrega de oferecer a formação ao trabalhador. O profissional interessado deve procurar o instituto federal de educação, ciência e tecnologia mais próximo.

  • mariana:

    eu acho que estúpidas e uma palavra muito forte muito pesada maisvc tem razão as crianças estao sem criatividades elas estao muito boba

  • Alter ego: Comentarista:

    Não estou tão certo quanto a esse estudo.
    Primeiramente por que foi feito apenas com crianças americanas. Um estudo em escala global, com diversas crianças de diversos países daria mais credibilidade a essa pesquisa.

    Pessoas de um único país não podem servir como modelo universal para todas as crianças da Terra, como se elas fossem iguais em qualquer lugar do mundo.

    Mas vendo por outro ponto de vista. O estudo faz menção somente às crianças americanas, sendo que quem estão ficando mais estupidas são apenas elas.

  • AZTECA:

    ¨Estúpidas¨me parece uma palavra muito pesada para
    adjetivar crianças,que por falta de interesse de pais e pro
    fessores,não são suficientemente estimuladas para exercer s
    sua plena potencialidade.
    Ademais,hoje já vem tudo pronto,na forma real e final e
    isso mata a imaginação infantil

  • Jorge de Melo:

    Am… essa pesquisa foi feita com crianças americanas. E as brasileiras, será que são tão pouco criativas quanto as pequenas sobrinhas do Tio Sam? A minha hipótese é…

  • Cristiano:

    Imagina aqui no Brasil com as políticas equivocadas de ensino que proíbem que o aluno reprove de ano, e vão aprovando ano após ano… Já vi aluno do último ano de faculdade de Direito escrevendo “serto”…

  • Jadson:

    Infeliz fato.

  • EltonPaes:

    Claro que estão, ouvindo restart e vendo vida de garoto…

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