Dois últimos falantes de uma língua moribunda se recusam a conversar entre si

Por , em 3.05.2011
Não deixe o ayapaneco morrer, não deixo o ayapaneco acabar… O idioma, falado no México por centenas de anos, está agora em perigo de extinção. A situação se agrava já que os dois únicos falantes restante do idioma se recusam a falar um com o outro. 

Depois de sobreviver à invasão espanhola, a muitos desastres naturais e à fome, a antiga língua ayapaneco pode logo se tornar apenas uma lembrança. Os dois últimos falantes remanescente já são idosos e quando eles morrerem, o idioma vai junto, visto que nenhum jovem mexicano apresenta vontade de aprender a língua moribunda.

Manuel Segovia, de 75 anos de idade, e Isidro Velazquez, de 69, vivem a apenas 500 metros de distância um do outro na aldeia de Ayapa, mas eles não se dão muito bem. Alguns dos moradores locais dizem que a culpa é de uma uma rixa antiga, mas a maioria deles pensa que os dois simplesmente não têm muito em comum. Velázquez é um pouco irritável, enquanto Segovia é mais tranquilo e não sai de casa muito.

 

Manuel Segovia, que alega não ter nenhuma animosidade com o vizinho, constumava falar em ayapaneco com o irmão, que faleceu 10 anos atrás, e agora usa-o com sua esposa e filho. Eles conseguem compreendê-lo, mas só são capazes de falar algumas palavras no idioma. Juntamente com o Instituito Nacional de Línguas Indígenas, Segovia tentou dar aulas para jovens dispostos a aprender ayapaneco. Embora as aulas tenham começado com sala cheia, os alunos simplesmente pararam de frequentá-las.

Agora Daniel Suslak, um antropólogo linguístico da Universidade de Indiana, está correndo contra o tempo para tentar criar um dicionário ayapaneco reunindo várias palavras e expressões usadas por Segovia e Velazquez. [OddityCentral]

11 comentários

  • Coca-Cola na geladeira:

    O ayapaneco vai morrer. Mas fazer o que?
    Não somos nós os entusiastas da globalização, do desenvolvimento e do progresso? Devíamos ter pensado nisso antes da criação dessa cultura massiva (e massante).
    Acho que esse idioma vai morrer sim. Agora já não tem mais jeito.
    Mas também, o que me importa? Ainda tenho Coca-Cola na geladeira e todo domingo como um Big Mac. Uhullll!!!
    Será que existe um sujeito mais feliz do que eu?

  • claudemir da silva:

    um idioma é a indentidade de um povo se morre uma lingua acaba sua cultura

    • Paulo:

      Por essas e outras acho importante um dicionário dos bons.. dá uma lidinha nele de vez em quando… -.-”

      “identidade” e “língua”

  • Rodrigo Paim:

    E dai ? Que morra, língua sem importância nenhuma….

    Quanto maior número de pessoas falando a mesma língua melhor a comunicação, e sinceramente acho perda de tempo tentar manter “viva” línguas que só meia dúzia de pessoas falam, pura perda de tempo.

  • Magda Patalógica:

    Parece que a galera aqui, resolveu criar um DEUS chamado CIÊNCIA, ou seja: tudo que não tiver cara de científico, não interessa.

    O Instituito Nacional de Línguas Indígenas, com o apoio da Unesco, deveriam utilizar meios de preservar línguas em fase de extinção (dicionários, gravações etc) por uma questão de preservação histórica.

    Agora…esperar que os jovens venhaM a se enfileirar para estudadar essas línguas, é pura ficção, como aborda o texto.

    O fato é que caminhamos para futuramente termos uma língua única a ser falada no planeta, tipo Esperanto ou similar.
    Vai demorar alguns milênios, mas chegaremos lá.

    Fui

  • Miguel:

    De qualquer maneira, mesmo que não tivesse nada a haver com ciencia, não deixa de ser interessante.

  • Andrew:

    Se pensar bem, verá que absolutamente tudo tem haver com ciencia. ^^

  • Superlindo:

    Reparem que alguns trexos do texto estão em ayapaneco. Ou então é erro de tradução.

  • Bruno Juncklaus:

    Embora as aulas tenham começado com sala cheia, os alunos simplesmente parar de frequentá-las.

    Tá errado.

  • Rodrigo Gomes:

    o que há d cientifico? lingua eh historia, eh ciencia, eh cultura, eh tudo… ate memso como uma lingua se forma e como se estrutura pode nos ensinar muita coisa sobre o passado d determinado povo.

    ciencia nao eh so computador e tecnologia de ponta, ademais, ate mesmo o computador tem sua propria lingua.
    pense antes d falar

    #ficadica

  • Alter ego: Ignorante:

    Tá bom, e o quê há de científico nisso?

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