O fundador e CEO da SpaceX, Elon Musk, anunciou nesta terça-feira (28) uma novidade para a indústria espacial privada: a empresa levará astronautas para um voo ao redor da lua, e dois membros da tribulação serão turistas espaciais.
Até recentemente, qualquer grande novidade sobre o espaço vinha das agências espaciais nacionais, mas de alguns anos para cá as empresas privadas também têm marcado presença nesse tipo de notícia. Em 2012, pela primeira vez a entrega de carga para a Estação Espacial Internacional (EEI) foi realizada por uma empresa privada, por exemplo.
Empresas como a Space X de Elon Musk e Blue Origin de Jeff Bezos têm acelerado o desenvolvimento de foguetes reutilizáveis de forma exponencial. Ao fazer isso, elas estão conseguindo cortar drasticamente os custos de cada decolagem do planeta Terra.
Neste momento, a SpaceX está trabalhando no foguete Crew Dragon, que deve levar pessoas para a EEI em breve. Já num futuro um pouco mais distante, daqui a cerca de dez anos, Elon Musk pretende levar pessoas para Marte.
A principal novidade da SpaceX, porém, divulgada nesta semana, é que dois turistas serão enviados em uma viagem ao redor da lua. Este é o primeiro voo tripulado a acontecer em mais de 45 anos.
“Como os astronautas do Apollo fizeram antes, esses indivíduos vão viajar no espaço levando as esperanças e sonhos de toda a humanidade, guiados pelo espírito humano universal de exploração”, diz uma mensagem da empresa.
Segundo a mensagem, os dois turistas espaciais já foram escolhidos e devem passar nos próximos meses por exames de saúde e treinamento espacial. Suas identidades devem ser reveladas apenas depois desta fase. Por enquanto, tudo o que foi informado sobre essas pessoas é: “eles já pagaram uma significativa quantidade de dinheiro para participar da missão da lua”.
Esta viagem tripulada deve acontecer apenas no segundo bimestre de 2018, depois da decolagem do Crew Dragon.
Economia de 30%
A principal mudança na tecnologia que deve permitir todas essas viagens é a reutilização do sistema de decolagem dos foguetes. Com essa tecnologia, não precisaremos praticamente ter que construir um novo foguete a cada missão. O preço das decolagens diminuiria em 30%.
Isso permitiria decolagens mais frequentes e progresso mais rápido nas naves comerciais, que por sua vez aceleraria a pesquisa e exploração espacial. [Futurism]