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É assim que vamos descobrir como um buraco negro realmente se parece

Concepção artística

Concepção artística

Existem algumas simulações de como os buracos negros poderiam ser, mas a verdade é que nunca vimos realmente um.

Nós sabemos que eles estão por aí. Há um no centro da nossa galáxia, aliás – o Sagittarius A*. Então por que não o fotografamos, como fazemos com planetas e estrelas?

Bom… Não é algo muito simples.

Enorme

Sagittarius A* tem cerca de 24 milhões de quilômetros em diâmetro, o que é 17 vezes maior do que o nosso sol. Além disso, está a mais de 25.000 anos-luz de distância, o que torna quase impossível para nós dar uma olhadinha nele.

Katie Bouman, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, disse que fotografar nosso buraco negro seria “equivalente a fazer uma imagem de uma laranja na lua, com um telescópio de rádio”.

Para conseguirmos ver o objeto enorme direito, seria necessário um telescópio com um diâmetro de 10.000 quilômetros, o que não é nada prático, uma vez que o diâmetro da própria Terra não chega a 13.000 quilômetros.

A solução

No entanto, um novo método, desenvolvido por Bouman e membros da equipe do Telescópio Event Horizon, pode ser a solução que buscávamos.

Uma rede de nove radiotelescópios, espalhados ao redor do globo, vai efetuar medições em “locais amplamente divergentes”, combinando as imagens para agir como se os cientistas estivessem olhando através de um radiotelescópio gigante.

Segundo Bouman, comprimentos de onda de rádio vêm com uma série de vantagens. “Assim como frequências de rádio passam por paredes, eles perfuram poeira galáctica. Nós nunca seriamos capaz de ver o centro da nossa galáxia em comprimentos de onda visíveis porque há muita coisa no meio”.

Um algoritmo também desenvolvido pela mesma equipe irá preencher as lacunas e filtrar a interferência e ruído causados pela nossa própria atmosfera, a fim de nos presentear com uma imagem a mais clara possível.

Tão cedo quanto 2017

O Telescópio Event Horizon concluiu recentemente a maior parte de seus preparativos técnicos e pode produzir a primeira imagem de um buraco negro em 2017. [CNN]

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