Estava tudo indo muito bem até que o Observatório do Clima deu essa notícia, no meio dessa semana. Pela primeira vez em 10 anos, as emissões de carbono no Brasil subiram.
Alta nas emissões de carbono no Brasil
Em 2013, as emissões saltaram 7,8% com relação a 2012, e o país produziu 1,5 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa no ano passado, de acordo com um relatório da organização não governamental.
O estudo disse que esse aumento foi contra a tendência que nós estávamos seguindo de diminuir as emissões ano após ano.
“O aumento das emissões de CO2 em 2013 inverte a tendência de voltar a 2005, quando caiu ano após ano”, pontua o estudo, acrescentando que a principal razão para esse salto foi o aumento do desmatamento na região da Amazônia, visto que as emissões por desmatamento subiram 16,4%, enquanto que o setor de energia é responsável por um aumento de 7,3%.
Ao longo da última década, o Brasil tinha heroicamente desacelerado suas emissões de gases de efeito estufa através da redução do desmatamento na Amazônia. A prática destrutiva atingiu um mínimo histórico em 2012, antes de, para nossa tristeza, subir 29% no ano passado.
O que isso quer dizer?
“O relatório serve como um aviso para nós, mostrando que o Brasil está começando a aumentar as emissões de gases de efeito estufa”, esclarece o diretor do Observatório Carlos Rittl à AFP. Ele também acrescentou que outros setores, incluindo agricultura, indústria e energia, também contribuíram com o aumento das emissões, o que não foi detectado nos anos em que os níveis de desmatamento foram mais baixos.
“A queda no desmatamento mascarou o fato de que outros setores foram contribuíram com o aumento das emissões”, disse Rittl.
Agora, o Brasil se comprometeu em reduzir as emissões em até 39% até 2020 e disse que iria reduzir o desmatamento na Amazônia em 80%.
O que é um plano bastante interessante (para nós e para o mundo todo), já que nó nos classificamos como o sétimo maior produtor mundial de gases de efeito estufa, com emissões de 7,8 toneladas per capita, superando a média global de 7,2 toneladas por pessoa.
O Observatório também ressaltou que o Brasil, que tem uma população de 200 milhões, ainda tem que definir a contribuição do país para um acordo climático universal que deverá ser elaborado no próximo ano. Aguardemos.[Phys]