Energia nuclear é considerada uma das opções mais eficientes e renováveis quando comparada com outras alternativas de geração de eletricidade. Enquanto a fissão nuclear é poderosa, realizar a fusão nuclear é o sonho de muitos cientistas, já que o processo gera muito mais energia.
A fusão nuclear é o produto de um processo que é basicamente o oposto da fissão. Ela acontece quando dois ou mais núcleos de um elemento se fundem e formam outro elemento, liberando energia. Esse processo acontece no interior das estrelas, quando quatro núcleos de hidrogênio se fundem para formar um átomo de hélio. Estabilizar o processo é complicado, principalmente pela dificuldade em controlar o plasma superquente que mantém a reação acontecendo.
O reator KSTAR (Pesquisa Avançada Tokamak Supercondutor Coreano) acaba de conseguir chegar um pouco mais perto desse objetivo, ao manter o plasma de alta-performance por um recorde de 70 segundos. Pode não parecer muito, mas manter o plasma necessário para a fusão envolve três variáveis: sua densidade de partícula, tempo de confinamento e temperatura. Para comparar, há seis anos esse tempo recorde era de apenas quatro segundos.
“O sucesso da KSTAR na operação ITB nos permitiu estudar a nova tecnologia de operação de reator de fusão que pode realizar a operação necessária para futuros geradores de energia de fusão”, diz um comunicado do reator.
Quando finalmente desenvolvermos uma tecnologia que possa tornar a fusão nuclear prática, vamos ter acesso a uma energia autenticamente renovável que pode fornecer quatro vezes mais energia que a fissão.
A pesquisa da fusão nuclear tem progredido consideravelmente nos últimos meses. Em outubro, o reator de fusão Alcator C-Mod do MIT conseguiu alcançar níveis de pressão de plasma recordes. [Futurism]